quarta-feira, março 23, 2005

Recém Licenciados em Arquitectura em Portugal | Situação actual

COMUNICADO

No âmbito da EU onde Bruxelas insta Portugal a suprimir exame para arquitectos de outros países, pretende-se com o presente comunicado denunciar também a
situação actual dos recém licenciados em arquitectura Portugueses.

Os procedimentos da Ordem dos Arquitectos consistem neste momento em distinguir os cursos de Arquitectura Nacionais que foram aprovados em portaria pelo Ministério da Educação, entre reconhecidos e acreditados e obrigar os candidatos dos cursos reconhecidos a realizar uma prova de admissão, desta forma a ordem dos arquitectos discrimina anualmente centenas de alunos desde que o RIA foi aprovado por deliberação do Conselho Directivo Nacional da Ordem dos Arquitectos, datada de 12 de Fevereiro de 2000.

“Na realidade, trata-se de um modelo ilegítimo, com reflexos em restrições inválidas no acesso à profissão, uma vez que o Estado não delegou tais poderes nas ordens profissionais.”
Nesta prova registam-se noventa por cento de chumbos.

A situação é ainda mais grave, porque as reprovações são aproveitadas pela Ordem para impedir que novos candidatos possam exercer a profissão de Arquitecto, acumulando prejuízos morais e patrimoniais de difícil reparação, e sendo certo que a Ordem dos Arquitectos, para além de manter as exigências ilegítimas que lhe deram origem, continua a “providenciar” normas e regulamentos inquinados com os mesmos vícios violadores dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.

Já foi apresentada uma queixa ao Provedor de Justiça contra a Ordem dos Arquitectos, alegando discriminação no acesso à profissão perfazendo em Abril de 2005 1 ano e meio sem terem sido prestadas quaisquer esclarecimentos sobre o processo, também
foi solicitado junto de um Tribunal Administrativo, um pedido de declaração de ilegalidade do regulamento de acesso à profissão.


Portugal, 23 de Março de 2005

Comments on "Recém Licenciados em Arquitectura em Portugal | Situação actual"

 

Anonymous Anónimo said ... (sábado, 09 abril, 2005) : 

Apenas dois pontos:
-Estive na acção de formação da OA nos passados dias 28 a 31 de Março e aproveitei para ir ao Provedor de Justiça para (mais uma vez) tentar saber em que ponto está a queixa. A senhora que me recebeu apenas me disse que o proceso é extremamente complicado e quem o está a estudar é o coordenador dos acessores da Provedoria, Dr. João Portugal que não me podia receber na altura. Admitiu no entanto que a luta é contra uma instituição publica que tem muito peso. De qualquer modo, se não houvesse razão da nossa parte em quinze dias o processo estava resolvido, não é? Fiz um pedido por escrito para ser informado (também por escrito) do andamento actual do processo.
-Apenas uma rectificação: A percentagem de reprovações não foi de 90% mas quase de 99%.

 

Anonymous Anónimo said ... (sábado, 09 abril, 2005) : 

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

 

Blogger arqportugal.blogspot.com said ... (sábado, 09 abril, 2005) : 

evidenciou uma elevada percentagem de reprovações ( 95 % )

fonte: http://www.arquitectura2003.com.pt/congresso/pos/mocaoglobal.html

 

Anonymous Anónimo said ... (sábado, 09 abril, 2005) : 

Eu tb Já Fiz um Pedido por escrito e tb para ser informado(também por escrito) do andamento actual do processo.
Continuao á espera do Exmo. Sr. Dr. João Portugal se dicida, não percebo o que eles não percebem .

http://www.stop-discrimination.info

 

Anonymous Anónimo said ... (segunda-feira, 06 junho, 2005) : 

Se a Arqª Helena Roseta "quer continuar a manter a imagem de democrata e de pessoa que se move por causas justas, que tinha antes de entrar para a OA", não tem outro caminho senão o de NÃO ADMITIR a entrada directa E CONTINUAR A TRABALHAR no sentido da inscrição de TODOS os licenciados na ORDEM DOS ARQUITECTOS depois de uma prova de admissão como é feita na ORDEM DOS ADVOGADOS e na ORDEM DOS MÉDICOS.

 

Anonymous Anónimo said ... (sexta-feira, 24 junho, 2005) : 

Eu terminei a minha licenciatura em 2001 e, desde então, estou à espera da acreditação do meu curso (Escola Superior Gallaecia) para poder assinar.Tenho colegas meus que tiveram a sorte de terminar a licenciatura no ano anterior ao meu e são membros efectivos da Ordem (mais um caso típico de coerência da OA).
Pergunto: Será que o mau estado da Arquitectura em Portugal é culpa dos recém-licenciados ou dos Arquitectos que trabalham nas Câmaras Municipais que aprovam os projectos e dão licenças de construção? Porque é que a
OA não fiscaliza estes técnicos? São menos do que todos os recém-licenciados (melhor forma de controlo), têm responsabilidades acrescidas (até podiam fazer uma provazita de vez em quando) e a Ordem ficava muito mais bem vista (estaria salvaguardado o relacionamento arquitecto-cliente, visto que cada projecto é um desafio fantástico e uma viagem para todos aqueles que os podem concretizar em obra,.... pelo menos é o que dizem)
Reparem: Eu termino o meu curso, sou membro efectivo da Ordem, tenho um cliente, peço licenciamento à Câmara Municipal do respectivo local, o projecto é indeferido, o cliente quer respostas, o arquitecto estuda e aplica-se mais (aprende), entrega alterações, o projecto é aprovado. Faz sentido uma prova de acesso à OA no meio disto??
obrigado, por me daixarem desabafar,.......

 

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