Ilegalidades
Grande parte arquitectos/outros camarários possuem uma posição privilegiada relativamente aos processos de licenciamento dado azo a um exercício do poder que envolve tráfico de influências e a transacção de decisões e favores . É com grande tranquilidade que estes indivíduos exercem posteriormente a sua actividade de forma incompatível no exterior das autarquias dando origem à angariação de grande parte do trabalho de arquitectura para os seus gabinetes. O mais estranho é que ainda ninguém viu a Ordem dos arquitectos preocupada com esta constatação óbvia . Já se percebeu que estes assuntos não interessam, dão trabalho ganham-se inimizades e no fundo todos têm telhados de vidro. Via http://goncaload-artes.blogspot.com podemos encontrar no blog de Gonçalo Afonso Dias outro blog dedicado ao processo fraudulento da construção do Museu da Rua do Sembrano em Beja . Basicamente, Gonçalo Afonso Dias ganhou em 1991 o 1ºprémio no Concurso, a câmara ultrapassa o concurso e requer um novo projecto de arquitectura a outro arquitecto. A obra construída. A Ordem descarta-se do assunto . É que havia e ainda há coisas mais interessantes para fazer lá na Ordem tipo ir fiscalizar os professores as escolas os recém licenciados dar formações de deontologia, fazer campanhas, grande coragem ... |
Comments on "Ilegalidades"
Obrigado por este post. Como também estou em Angola e também sou angolano acho que me vou "queixar" à recentemente criada Ordem dos Arquitectos Angolanos...
Abraço,
Gonçalo Afonso Dias
Até parece brincadeira mas não me custa acreditar que que essa funciona melhor que isto aqui.
A mim aconteceu pior. Fiz com o colega, já falecido, João Barros o Pálácio de Justiça de Portimão e, depois de entrgue e pago pelo M. da Justiça, a Lei orgânica dos tribunais foi alterada. Conclusão, o projecto já não servia!O M.J. tem pressa, pergunta se podemos alterar, nós dizemos que sim, eles pedem honorários mas chantageam dizendo que não negoceiam, nós apresentámos honoráriosque correspondiam a 50% do devido de acordo com a tabela, eles recusam dizendo que é caro e, assim, os serviços deles irão alterar o nosso!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!. Isto foi assinado por um juiz -secretário, na altura -1993, do M.J. De imediato informá-mos o senhor de que não estava autorizado por lei a fazê-lo sem o nosso consentimento.
Passados 2 ou 3 anos começam a construir e.... parece-nos algo familiar.
É mesmo. Eles aproveitaram a estrutura base do projecto e muito mais. é óbvio que o que estão a construir é uma alteração/ampliação do nosso!!
Contactámos a, na altura AAP. Recebe-nos o Arq V. Massapina. Faz um trabalho exemplar. Eleições na AAP. O Vasco Massapina é substituído na presidência da regional sul por outro que agora não me lembro. Esse passa o nosso caso para o Hugo Hoogan. Tudo bem durante dois anos. Apesar de puco competente o H H faz o trabalho dele e dá-nos conta de tudo o que faz. Um belo dia o nosso advogado descobre o nome do arq. responsável pela abusiva alteração. Eu vou ao H. Hoogan entregar o nome do homem. Apartir daqui faz-se silencio por parte da OA. Nunca mais somos recebidos pelo H. Hoogan. Todos fogem. Vim a saber que o nome do responsável pelo abuso era amigo ou próximo do Hugo Hoogan. A Ordem delibera, contra todas as suas tomadas de posição anteriores que o projecto feito pelo MJ era completamente distinto do nosso. O Vasco Massapina tinha concluído em análise feita que se tratava de alteração ampliação. O Hugo Hoogan corroborou durante dois anos a mesma tese. Moral da História, fomos para tribunal e este dá-nos toda a razão e condena o MJ a pagar-nos 40 000 Euros.
A Ordem tomou a posição mais vergonhosa e , eventualmente corrupta que poderia alguma vez tomar.
O Palácio da Justiça que está construído e que resulta da alteração do nosso projecto é uma perfeita aberração.
è um aborto arquitectónico e é-nos duplamente pernicioso. Por um lado não é da nossa responsabilidade, por outro os nossos nomes estão de certa forma a ele associados. há quem pense que nós somos os autores daquela, desculpem a expressão, MERDA
braga,
Passou mais um ano...
Por incrível que pareça só agora tive conhecimento do teu caso. Quanto ao "meu" continuo a aguardar o julgamento e a assistir à negligência da Ordem dos Arquitectos. Não tenho pressa. A razão está do meu lado embora a justiça tarde...
Abraço.