Discussão será feita no Parlamento
Comunicado da Ordem dos Arquitectos " O Conselho de Ministros acaba de aprovar uma proposta de lei sobre a qualificação profissional exigível aos técnicos responsáveis pela elaboração e subscrição de projectos, pela fiscalização de obra e pela direcção de obra, que define os deveres que lhes são aplicáveis e revoga o decreto n.º 73/73 de 28 de Fevereiro. A Ordem dos Arquitectos congratula-se por esta deliberação, há muito prometida pelo Governo e publicamente anunciada como iminente no Congresso dos Arquitectos Portugueses em Novembro passado. O diploma agora aprovado assume a forma de proposta de lei, o que significa que terá de ser apreciado pelo Parlamento, em conjunto com o projecto de lei n.º 183/X “Arquitectura, um acto próprio dos Arquitectos, um direito dos cidadãos”, resultante da primeira iniciativa legislativa de cidadãos realizada em Portugal. Esta iniciativa, subscrita por mais de 35.000 portugueses e dinamizada pela Ordem dos Arquitectos, foi aprovada por unanimidade, na generalidade, em 18 de Maio passado. O projecto de lei devia ter sido votado na generalidade em Junho mas ficou, até hoje, à espera da iniciativa do governo. Estão agora finalmente criadas as condições para que este processo legislativo se possa concluir com êxito. Os arquitectos portugueses esperam há 34 anos pela revogação do decreto 73/73. Sabemos que deveremos ainda respeitar um período de transição (que no diploma anunciado hoje pelo Governo é de cinco anos) para que o direito ao exercício dos actos próprios da nossa profissão nos seja cabalmente reconhecido. A proposta do Governo é bastante mais ampla do que a nossa, uma vez que inclui, como lhe competia, as outras áreas profissionais que interagem no processo de projecto, fiscalização e direcção de obra. Desconhecemos o teor da proposta que foi hoje aprovada e por isso reservamos para momento posterior uma apreciação detalhada e fundamentada. O que se impõe agora é que a Comissão Parlamentar de Trabalho, onde se encontra pendente o projecto de lei n.º 183/X, nos convoque, na qualidade de comissão representativa dos subscritores e de acordo com a obrigação definida na lei que regula as iniciativas de cidadãos. Não deixaremos pois, no local próprio, que é a Assembleia da República, de nos pronunciar em concreto sobre a proposta de lei hoje aprovada pelo Governo. A deliberação hoje tomada pelo Conselho de Ministros visa responder a um problema essencial, que não envolve apenas os técnicos mas também todos os cidadãos preocupados com o estado do nosso tecido edificado e da nossa paisagem. Fazemos votos para que a redacção final que vier a ser encontrada no Parlamento possa finalmente vir a regular, de forma equitativa, exigente e responsável, o papel de todos os profissionais por ela abrangidos. A arquitectura é um bem de interesse público e um recurso para o desenvolvimento do país. A Ordem dos Arquitectos continuará a lutar pelo cumprimento da exigência constitucional que comete ao Estado e às autarquias o dever de zelar pela qualidade arquitectónica e pelos valores patrimoniais e paisagísticos do nosso território. E tudo faremos para garantir aos cidadãos que podem confiar nos arquitectos portugueses. Saberemos estar à altura das nossas responsabilidades no novo regime legal, pelo qual nos batemos há tantos anos. Lisboa, 18 de Janeiro de 2007 A Presidente da Ordem dos Arquitectos Helena Roseta " fonte |
Comments on "Discussão será feita no Parlamento"
Estas são boas novidades.
Será que finalmente vamos poder arranjar emprego?
Porque a "coisa" não está fácil, para quem termina o curso, submete-se a um estágio não remunerado e quando pensa que vai ter algum retorno de tudo o que até aí investiu,nada X nada. Resta-lhe mandar curriculuns que nem resposta obtêm, concorrer a concursos em que "aparecem cem cães para um osso", etc.
É que quem não tem padrinhos morre de velho, particularmente nesta profissão.
Esperemos dias melhores.
Há já agora, se alguém quiser ou souber de alguém que precise de uma arquitecta sem muita experiência, apenas com o estágio feito, mas com muita vontade de trabalhar e consequentemente ganhar alguma coisa, digam, que eu estou sempre a ver o blog.
É que nesta altura do campeonato, vale tudo.
Obrigado.
Está em curso o processo de audição de testemunhas, na Judiciária, do "Processo Crime" que os Alunos da UFP propuseram contra a direcção da OA.
As coisas ainda mexem....!!!
Excelentes novidades para a arquitectura em Portugal.
Pinto Coelho será que li bem, judiciária? Podias desenvolver mais o assunto pois é bastante interessante... e espere-mos que esta questão seja investigada seriamente de forma a responsabilizar os vigaristas que burlaram universidades e continuam a burlar recém licenciados com o pagamento de estágios.
O presidente do CNA Nuno Simões dava aulas na Lusíada e a seguir dava acreditações à mesma, é o mesmo que um arquitecto da câmara faça um projecto e a seguir o vá aprovar, o esquema é o mesmo, é incompatível e ilegal.
Não ao estágio obrigatório da OA, querem euros vão trabalhar e deixem trabalhar !!!
Colega AFQ o que se anda a passar contigo é o mesmo que se passa com muitos colegas, acabam o estágio da OA e a seguir o mesmo gabinete mete outro estagiário .
O que é que aconteceu aos gestores deste blog? Já não fazem manutenção?
O "comentário" anterior, já devia ter sido apagado há muito.
Não concordo que se apague o comnetário sobre links de carácter sexual.
Se repararem, meus amigos, está tudo relacionado, senão vejamos:
- A Ordem só nos F#de;
- Com este novo diploma estamos F#didos durante cinco anos, "a transição";
- Pagamos para que nos f#dam, e caro por sinal (vão aumentar as cotas, sabiam);
- Com os governos que temos e que vamos ter no futuro, porque só existem P.S. e P.S.D, vamos continuar f#didos;
Sinceramente o restaurante "Cinderella" diz-nos directamente que a partir da meia-noite só comemos merda, a ordem não diz mas alimenta-nos com ela.
Abraços
lool
A revogação do 73/73 poderá ajudar a posicionar mais arquitectos no mercado de trabalho, no entanto, existem outros problemas igualmente ou ainda mais gravosos que este. Quantos de nós já não perderam trabalhos porque o cliente conhece um arq de uma camara que lhe faz um preço de saldos? Mais, quando não é o próprio a aprovar o projecto é um de uma camara vizinha, o que ainda reduz o tempo de espera! São só vantagens! O cliente paga pouco e espera pouco! Agora façam contas de quantos projectos assinam estes arq e perguntem-se se o problema é apenas do 73/73! Enfim...
mt bem, mt bem
Ó mfs conheces alguém nessa situação seria bom arranjar provas ( não digo isto com sentido crítico) acho que tens toda a razão.
Seria preciso em Portugal um "desenho dourado" para investigar esta marmelada que existe entre câmaras, as mais diversas entidades e empreiteiros. Poderiam por investigar as empresas grandes (contacto, soares da costa, mota-engil, jgomes) que têm fachadas criadas com outras empresas para elas mesmas não serem implicadas. Repara na Bragaparques, uma empresa de merda que passou a ter um vasto património que nasceu como os cogumelos, na sombra.
Abraços
Sim, vai ser cada vez mais fácil arranjarmos emprego... agora até os licenciados de Arquitectura de Interiores, acho que da FAUTL, podem inscrever-se na OA... palavras para quê?
Cada vez mais fácil! (é ironia, ok?)
Ao Sr. António Fonseca, para que reflita um pouco...
"Tenho o hábito de não falar daquilo que ignoro."
(Sófocles)
Creio que a existir um "desenho dourado" teria mais lógica denominar-se por "desenho de lata" devido aos baixos custos destes projectos (pseudo projectos).
Quanto a provas, só mesmo através de investigações pela Judiciária, simplesmente porque nós, arquitectos idónios, estamos fora deste ciclo de corrupção. Num contexto a uma outra escala, que envolvam essas empresas de 'peso', duvido que se conseguisse alguma coisa... seria preciso alguns compadres políticos chatearem-se a sério para que acontecesse outra Bragaparques...
A inscrição na OA está reservada a Arquitectos, ou seja, todas as especialidades que se enquadrem nos "actos próprios da profissão". Arquitectura de interiores incluída! Deixemos de olhar apenas para o nosso umbigo e lutar pelo que é justo. Os arquitectos de interiores tiveram uma formação semelhante à dos arquitectos "normais" a acrescer a componente de interiores! Ou seja, estão melhor preparados que os outros! Porquê querer vedar o acesso destes? É altura de parar com a atitude de quando se está por fora, luta-se para entrar e quando lá dentro luta-se para ficarem fora...
Querem ver que agora um médico dentista e um médico cirurgião é a mesma coisa !
Colegas vamos ser coerentes, a própria UTL no seu site descrimina o seguinte:
"SAÍDAS PROFISSIONAIS
No desenvolvimento da sociedade actual o papel do arquitecto torna-se cada vez mais imprescindível, abrangendo diversas vertentes e actividades, que poderão constituir saídas profissionais:
> Profissionais liberais como projectistas e autores de projectos de Arquitectura de Interiores;
> Profissionais ligados a instituições públicas como projectistas e autores de projectos de Arquitectura de Interiores e de Recuperação do Património Edificado (Câmaras Municipais, Ministérios e Direcções Gerais e Institutos Públicos;
> Profissionais ligados a instituições privadas como projectistas e autores de projectos de Arquitectura (Ateliers de Arquitectura de Interiores e de Arquitectura);
> Profissionais ligados à investigação tecnológica e à produção industrial, nomeadamente na área de mobiliário e construção;
> Profissinais ligados à cenografia e produção de espectáculos;
> Ensino e Investigação. "
Mais, veja-mos a quantidade de cursos de arquitectura diferentes:
12 Oct Arquitectura 25389
12 Oct Arquitectura de Design 14067
12 Oct Arquitectura de Design de Moda 13946
12 Oct Arquitectura de Gestão Urbanística 6680
12 Oct Arquitectura de Interiores 12795
12 Oct Arquitectura de Planeamento Urbano e Territorial 7898
Poderá a OA passar uma declaração de actos da profissão igual a todos os "arquitectos" ?
Parece-me que estamos perante mais uma grande trapalhada.
"A inscrição na OA está reservada a Arquitectos, ou seja, todas as especialidades que se enquadrem nos "actos próprios da profissão". Arquitectura de interiores incluída!" - Espantoso!
Caro mfs e anonimo, se fosse assim tão simples o curso chamava-se "arquitectura" e não "arquitectura de interiores". Um pouco de sofisma:
Arquitectura de Design e Arquitectura de Design de Moda também devem inscrever-se na OA e exercer os "actos próprios" porque "estão melhor preparados que os outros!"?
Que cócegas, senhores, que cócegas!
Não me querendo repetir, parece-me que antes de comentar o que quer que seja, devemos saber do que estamos a falar. Pelo menos podiam ter-se dado ao trabalho de se informar sobre a estrutura curricular do curso que tanto desdenham para que pudessem fundamentar os vossos comentários.
Não me parece que a descrição do site da UTL só por si, defina o curso em questão ou até mesmo o nome que lhe foi atribuido. O que aconteceu com as pessoas do curso de Arquitectura de Interiores é que acabaram por ter uma formação em muito idêntica ao curso de Arquitectura da UTL, com os mesmos professores, mesma matéria mas mais carga horária.
Foi isto que acabou por acontecer: um curso que não corresponde ao seu nome ou às intenções iniciais da UTL.
E agora? Serão estes menos arquitectos que os outros, só porque o curso tem um nome diferente? Não me parece...
Se estas pessoas tivessem sido formadas em Interiores, talvez alguns desses comentários tivessem algum fundamento mas não foi isso que aconteceu e essas pessoas não podem ser penalizadas por terem um curso de Arquitectura que se chama Arquitectura de Interiores.
Já bem basta terem de contar esta triste história cada vez que se candidatam a um emprego..
E tanto são arquitectos que estão aí no mercado de trabalho, e não digo só que são arquitectos mas sim que são muito bons arquitectos. Informem-se e depois comentem...
Apenas uma pequena questão... Então se o trabalho dos Arquitectos de Interiores não são actos próprios da profissão podemos concluir que o acto próprio do Arquitecto termina no limite exterior da parede exterior de um qualquer edifício, a partir do qual se inicia âmbito do Arquitecto de Interiores... Pois... não me parece..
Trata-se aqui de uma questão de fronteiras que não é possivel estabelecer dada a amplitude dos actos da profissão. E se não se conseguem aperceber desta amplitude talvez esteja na altura de repensarem o assunto, n??
Assim, aqui fica uma questão muito mais interessante para discutirem em vez de andarem a discriminar colegas: Já que são actos próprios de profissões distintas como os colegas alegam, afinal onde termina a Arquitectura e começa a Arquitectura de Interiores? Onde termina o âmbito do Arquitecto e começa o do Arquitecto de Interiores??
Deixem-se de tretas, que a merda é a mesma!
Como quis tentar demonstrar na minha última opinião, estou inteiramente de acordo com 'anónimo'. Não há comparação possível entre um arquitecto do design ou moda (alguém sabe o que isso é?) e um arquitecto de interiores.
E creio que já se falou tudo o que se tinha a falar, pelo menos enquanto os engenheiros e afins continuarem a assinar projectos de arquitectura.
Os compadres políticos chateiam-se de vez em quando (lembram-se da declaração do energúmero do Ferreira Torres relativas ao eng. Mota, porque este apoiou o seu adversário - eu não tenho memória curta, não).
Os partidos políticos são apoiados em grande parte por empresas fachadas das constructoras e dos bancos, nunca são as reais empresas a "comprar" os favores que mais tarde pedem.
O vice-presidente de Gaia, o Marco António, recebeu ainda em Valongo, cartazes. Esses cartazes caíram do céu porque foram depositados à porta da sua sede de campanha, quem deu? Não se sabe, terá sido alguma constructora de Valongo?. Agora provar o que estou a dizer é difícil e mesmo que o conseguisse, seria um atentado ao bom nome da pessoa e seria processado, em Portugal a justiça é de quem a faz (os partidos).
Reparem na nova legislação e nas candidaturas que saiu relativa aos lares de 3ª idade (PARES), esta veio, claramente, piorar as condições dos utentes reduzindo o número de instalações sanitárias para ajudar os amigalhaços que sabiam de antemão como iria ser a sua leitura final. Quem beneficiou? Somente aquelas candidaturas dos amigalhaços e respectivas esposas que têm muito a ganhar com tudo isto. Vejamos a revogação do 73/73, cinco anos de transição, claro, o tempo suficiente para os engenheiros e técnicos não sei do quê irem na mesma assinando uns desenhos a que chamam projectos, enquanto conseguem tirar um cursito de arquitectura de interiores, arquitectura da culinária, arquitectura do orgão sexual masculino, numa instituição qualquer, a correr.
Acreditam mesmo que um governo de engenheiros civis (sócrates e o mário lino) iria beneficiar alguém que não come da mesma gamela. Acordem.
A ordem aceitou isto porque beneficia com este facto, já que, consegue gerar mais dinheiro para pagar os salários chorudos que os "nossos" representantes auferem. Assim não perdem tempo com questões "menores" da arquitectura e se preocupam com campanhas sobre pseudo candidatos à presidência, aborto e outroas.
Vou aproveitar este espaço para tentar que alguém com mais conhecimentos me faça o favor de esclarecer uma questão.
Estou a trabalhar num atelier, onde é obrigatório fazer um horário de 8,30h diárias, o que prefaz um horário semanal de 42,30h.
Isto é legal? O hoário máximo de trabalho que a lei permite não é de 40h semanais. Ou estou enganada e cada um pode criar o horário que quiser?
Obrigado a quem me possa esclarecer.
Depende do teu vinculo laboral, se estiveres a contrato o máximo são as 40 horas no caso de estares a recibo verde o máximo és tu que defines, no teu caso parece que o patrão já decidiu por ti.
Boa tarde e obrigado desde já pela resposta. Neste momento estou a trabalhar sem contrato e sem recibo verde, digamos que é uma fase experimental para ver a adaptação (de ambas as partes)antes de iniciar outro processo mais vinculativo. E tal como disse o colega foi o patrão que decidiu o horário.
Enfim vamos ver o que é que isto vai dar.
Mais uma vez obrigado.
Põe creme nas costas AFQ, podes esfolar........
A denotar pelas tuas palavras surgem duas dúvidas: Ou trabalhas de borla, ou então foges aos impostos.
O imposto sobre os rendimentos e a segurança social devem ser pagos, por ti ou pelo teu patrão. Estaremos nós perante mais um caso de economia paralela.
Custa-me pagar impostos mas considero que são parte fundamental do conceito de estado, que em termos gerais é um modo de estar na sociedade.
Para trabalho intelectual a carga horária máxima são 35 horas semanais.
O mercado de trabalho em todas as áreas tende para a desregulamentação, e o da Arquitectura, tirando a função pública sempre foi uma espécie de selva. Hoje em dia ainda por cima existe muita oferta de mão de obra - algumas pessoas, se não for a maioria, até se sujeitam a estagiar de graça - e pouca procura. Há sempre uns tipos que não se safam de todo mal e uns que estão lixados...
Apenas quero esclarecer o colega anónimo que me mandou por creme nas costas, que efectivamente me estão a esfolar,dado o ordenado que me pagam ser inferior ao de um qualquer trabalhador sem qualquer tipo de qualificação e com um horário que considero excessivo.
Por outro lado se me estou a deixar esfolar é porque depois de muita procura, não arranjei mais nenhum trabalho e tal como toda a gente preciso de sobreviver.
Triste é que sejam colegas a esfolar colegas, sem o minimo de consideração, para a dignificação da profissão, o que importa é meter dinheiro ao bolso (dos patrões, evidentemente).
Quanto ao pagamento de impostos, se leu bem o que eu escrevi, estou numa fase experimental, que deverá durar cerca de um mês, a partir dai se houver interesse de ambas as partes, irei trabalhar a recibo verde. Nunca fugi a nada na vida, muito menos às minhas obrigações civicas, é pena que nem todos cumpram as suas, já que como diz um colega a carga horária máxima para o trabalho intelectual é de 35 horas semanais e eu esteja a ser esfolada com 42,30h.
Entretanto, se me puder indicar o nome do creme que devo pôr para não me deixar esfolar, ficarei muitissimo agradecida.
Desculpem lá, mas para os frustrados que vieram aqui "vomitar" a sua ignorância, no que respeita ao Curso de Arquitectura de Interiores, informem-se primeiro do que é o curso, como o mesmo funciona, quem o lecciona,e por fim, as aptidões que a maioria dos seus alunos têm, antes de mandarem "postas de pescada" sem sentido! Não são poucos os professores, que tiveram na FAUTL, a leccionar Projecto, no curso de Arquitectura, e depois vieram a leccionar no curso de Arquitectura de Interiores. Perguntem-lhes a opinião. Grosso modo, e sem desprestigiar os alunos de arquitectura, a maioria dos professores afirmou categoricamente a extrema aptidão dos alunos de interiores, face aos seus colegas do "pavilhão de cima" (para bom entendedor). Depois veja-se o currículo do curso. Interiores tem todas as cadeiras de Arquitectura, teóricas e práticas, incluindo Desenho Urbano e Urbanismo, e ainda de Design de Equipamento, Design Gráfico (Desenho III), Cenografia, 2 anos da cadeira de Recuperação, etc.... Se formos a ver o currículo de disciplinas de Arquitectura de Interiores, certamente será dos cursos de arquitectura que melhor contempla todas as áreas abrangidas pelos chamados actos próprios da profissão. Por isso venham-se a informar, antes de falarem o que quer que seja. Sentimentos recalcados pela frustração de alguns colegas, não obrigado!
Comprovem a grande maioria de trabalhos realizados no âmbito da cadeira de Projecto de Arquitectura de Interiores, antes de falar!
A propósito, vejam ainda as notas e a opinião dos professores da Lusíada, que tiveram a oportunidade de dar aulas a alguns alunos oriundos de interiores da FAUTL, e que foram à Lusíada apenas para conseguir o acreditamento das suas qualificações, no ingresso à Ordem, por equivalência, dado que o curso, até então era apenas reconhecido. Aliás, vejam as notas desses mesmos alunos, a Projecto do 5º ano, da Lusíada, por exemplo! E comparem com outros tantos alunos, de outros tantos cursos, que se denominam Arquitectura. Estamos a falar de notas que os alunos de interiores tiveram na Lusíada, desde 16's a 19's, quando os seus colegas, que fizeram todo o curso na Lusíada, que até se chama "só" Arquitectura, e colegas de turma deles, simplesmente tinham notas de 10's, 11', ou talvez até 12's. Comprovem com o Arqº Fernando Hipólito ou com o Arqº. Orlando Azevedo, com o Arqº. Braizinha ou ainda com o Prof. Horácio Bonifácio.
Mais uma! Quem foram os únicos alunos e os primeiros, a conseguirem fazer uma grande exposição de trabalhos finais de curso, no "Cubo" da FAUTL, com referência no exterior e alvo de publicação numa revista de arquitectura? Não foram os de arquitectura concerteza! Mas sim, foram os licenciados de interiores, em 2002, cujos trabalhos finais até eram sob o tema de um "Estádio de Futebol" (coisa de arquitecto, dirão alguns, certo?).
No entanto continuam a ser catalogados pela negativa, e apenas são perseguidos por uma palavra, que designa o seu curso - INTERIORES! Por isso, quem desconhece tudo isto, é melhor estar calado, pois já dizia a minha avózinha, "vozes de burro não chegam ao céu"....
Saudações Profissionais - Rodrigo Ferreira, Arqº.
Por fim, tenham qualquer um de vocês, quer patrões, ou colegas, oportunidade de trabalhar em atelier com um licenciado de Arquitectura de Interiores da FAUTL, que certamente e perdoem a frontalidade, deixarão a um canto muitos "pseudo" arquitectos que para aí andam, e se auto prestigiam, sem fundamento....
E só para dizer que eu sou licenciado em Arquitectura pela Moderna... Mas conheço muito bem os alunos de Arq. de Interiores da FAUTL, não fosse uma pessoa a mim muito próxima, ser Arquitecta de Interiores da FAUTL e Arquitecta pela Lusíada!
Cumprimentos...
Formei-me na FAUTL, em Arquitectura.
Como é óbvio não questiono a admissão dos alunos de interiores. Ainda por cima não conheço bem os trâmines, mas sei que alguns, se não todos, tiveram que fazer uma espécie de "via sacra" para conseguir a admissão. Por exemplo, ir fazer cadeiras à Lusíada - grande negociata!
Toda esta última parte de intervenções faz-me lembrar o "Coro das Velhas" do Sérgio Godinho.
Nós Arquitectos (de notar o "A" maiúsculo, não há arquitectura de primeira nem segunda, existe Arquitectura) perdemo-nos em discussões infantis e justificações de segunda sobre o acto do arquitecto, isto porque quando vejo a tentativa de alguns colegas se superiorizarem aos outros entramos por um caminho que torna muito mais fácil a continua assinatura do técnico.
Que tal remarmos todos no mesmo sentido, ao invés de remarmos para a direita ou para a esquerda ou nem remar até. Os diversos tipos de arquitectura, são credíveis como actos arquitectónicos, arquitectura não é construção. A matéria prima da arquitectura é o espaço.
Será mais importante discutir se quem nos representa, está realmente a defender-nos ou a defender interesses que desde 1973 se encontram enraízados na cultura portuguesa.
Vamos então discutir se o que realmente interessa, se é lutarmos uns contra os outros ou lutarmos por nós próprios (Arquitectos). Não é a indagar sobre se os colegas têm mais ou menos formação que vamos sair da cepa torta, e também não é desse modo que obteremos mais trabalho.
Não tomem isto como paternalista, não pretendo dar lições de moral a ninguém porque também não reconheço que me tentem dá-las, penso é que será mais importante definir os limites do "produtor" de arquitectura dentro de um conceito arquitectónico e não meramente Técnico.
Todos os que aprendem Arquitectura apreendem o espaço, os outros aprendem construção.
Abraços
Concordo que já é tempo de nos deixarmos de guerrinhas inúteis, entre arquitectos, que só desprestigiam a classe! Ao menos vejamos o exemplo de outras classes ou Ordens, que zelam po todo o grupo. Os arquitectos, nem para eles são bons! Não admira que sejamos olhados como desdém por grande parte da sociedade. Se o nosso trabalho é idealizarmos e conceptualizarmos a construção do espaço físico, porque carga de água nem sequer uma unidade da classe conseguimos construir? Porque espezinhamos o nosso colega ou parceiro, em lugar de nos voltarmos para quem ainda realmente afronta o nosso trabalho, que sem as aptidões necessárias, usa e abusa do acto de fazer arquitectura(se assim o podemos dizer), e sem sequer estar habilitado para tal (Agentes Técnicos de Engenharia, Engºs. civis, engºs. de minas e toda a panóplia de patos bravos que para aí anda)? É certo, que o mau exemplo que a nossa triste (Des)Ordem nos dá, também não ajuda! Mas chega de olharmos os colegas como rivais ou alvos a abater...
Abraços
Gostaria que alguém me explicasse porque é que muitos cidadãos quando querem realizar obras sujeitas a licenciamento municipal contratam outros profissionais não Arquitectos. Já pensaram nisso? Porque será? Serão os promotores assaltados pelos outros profissionais e quando os Arquitectos chegam ao “local” já lhe roubaram o trabalho? Então as leis de mercado aqui já não funcionam? Para alterar esta situação é necessário pressionar o poder para substituir a lei existente por uma lei corporativa. Ao que parece, esqueceram-se que também existem outras corporações e, se calhar feitas as contas, no final o tiro saiu pela culatra. Se não fossem os programas cad quantos teriam tirado Arquitectura nos últimos anos? Neste aspecto deve-se muito à informática, pelo atropelo do nº de novos licenciados produzidos nas inúmeras faculdades existentes. Muitos dos novos Arquitectos nem um risco direito, tirado com um lápis sabem fazer. Ainda não li para aí lamechices dos Arquitectos com obra feita. A alteração legislativa que aí vem é esperada com sofreguidão por muitos arquitectos municipais que, face a uma lei permissiva no domínio das incompatibilidades, assinam os projectos ao colega do concelho limítrofe, retribuindo o vizinho aos biscates que este faz no seu concelho – é uma vergonha. Nos Serviços da Administração Central passa-se semelhante situação. Termino, lembrando os vergonhosos exames, à margem da lei, exigidos pela Ordem dos Arquitectos nos últimos anos. Estas atitudes metem dó.
E se?
- Os arquitectos e engenheiros camarários não pudessem, enquanto defensores do interesse público, assinar nenhuns projectos que não fossem camarários.
Será que abandonavam o emprego (tacho) que têm, ou que lhes foi arranjado?
Não concordando com isto teriam uma óptima solução, abandonarem o cargo que detêm e passar a pasta a quem o quisesse, claro que por concurso (mas sério...). Só assim acabariam todos os interesses que orbitam nas câmaras e que vão continuar.
Tudo acabará por ter funcionar assim, mas como bons portugas que somos (os nossos governantes e representantes), só mudará quando já estivermos perto da ruptura, leia-se a situação de Lisboa. Os partidos, PS e PSD degladiam-se para ver quem receberá mais apoios e patrocínios, por parte da área mais importante e fundamental para o desenvolvimento do país (PIB).
Somos um país que cresceu baseado no betão, logo deveriam existir mais filtros profissionais para se melhorar o desenvolvimento.
Se pura e simplesmente acabassem os interesses tudo funcionaria melhor para a maior parte da população e não para uma elite restrita que apenas se alimenta baseada na fome alheia.
Já pensei propôr isto à Ordem, mas nem foi preciso, só em tema de conversa disseram-me logo que ou eu era maluco ou não conhecia a realidade e logo não era arquitecto, também fizeram uma referência engraçada ("- Ouve lá tu deves ser de esquerda, não?). Pelos vistos o importante é tentar rapar enquanto há papa e quem vem depois que lamba do prato, porque para comer já existem barrigas que cheguem.
Por este andar vamos continuar na míngua, tanto de trabalho como de civismo.
Abraços
Vocês são uma cambada de crianças e frustados, porque são uns desempregados da treta, que não conseguem fazer nada por vocês próprios, sem deitar abaixo os outros.
Querem por no mesmo saco pessoas que têm um emprego e um trabalho legitimo que não é um tacho.
Muitos dos que falam aqui, se pudessem, estavam a trabalhar numa câmara municipal. Como não conseguem disparam em todas as direcções para debelar frustações e desejos recalcados.
Deixem de se preocuipar com os outros e comecem a demonstrar que valem algo.
Cambada de ignorantes.
Ignorante é aquele que não quer ver a realidade.
KHORA, a tua opinião representa na generalidade a situação desastrosa em que se encontra a nossa profissão.
O caminho a seguir é o de bons planos de pormenor, transparência e acabar definitivamente com a aprovação dos projectos de arqquitectura tal como como aconteceu com os de engenharia.
Como diria um colega nosso :
"Criam-se dificuldades para vender facilidades"
Pelos vistos andam aqui no blog à pouco tempo.
Eu já falei, e mais do que uma vez, que um projecto aprovado deveria ter como especialidade, além das engenharias, um projecto de execução, serviria para justificar se cometem erros ao escolher os materiais ou se nem sequer os escolhem. acabavam-se os projectos a 1000 euritos, porque dá trabalho e pelo que noto as pessoas têm um emprego sem ter um trabalho.
Considero também que os arquitectos camarários são necessários, para analisar esses projectos de arquitectura, muito embora existam colegas que se tocam (vá-se lá saber porquê), quem leu isso desse modo redutor tem de abrir mais os limites ou talvez interpretação.
Depois dizem transparência mas na realidade o que se lê é opacidade, e essa varia de acordo com quem analisa, se algo for deixado em aberto à interpretação abrem-se portas às "virgulas", aos "sempre que possível", ou às leituras dúbias.
Por último, eu gero o meu trabalho não espero que seja gerado por outros, nem que este venha ter comigo cair aos meus pés, é difícil mas existe muito trabalho, basta procurá-lo e tentar ganhá-lo.
"Se fiz descobertas valiosas, foi mais por ter paciência do que qualquer outro talento."
Isaac Newton
Lamento que o blog tenha andado mais parado... é um espaço importante para todos.
Continuaçao do bom trabalho
Olá a todos!
Mudando de assunto...alguém entendeu porque razão as cotas da ordem este ano sofreram um aumento disparatado?De 95 euros para 190 euros..eu estou inscrito ha 4 anos e ainda nem tenho cartão de membro..só aquele certificado em folha a4....
Claro que as cotas têm que aumentar. Como é que a Ordem vai arranjar o dinheirão para pagar as indemnizações exigidas por alguns colegas e Universidades. Não foi o Dr. Miguel Júdice que meteu a ordem nesta embrulhada? Parece que a Ordem tem andado mal aconselhada. Mais valiam terem contratado uns solicitadores baratos. Leiam a notícia http://www.rtp.pt/index.php?article=277737&visual=16