sábado, maio 28, 2005

A NAVE DOS LOUCOS

Noticia no Jornal "PÚBLICO"

Santana Castilho *


"Imagine-se o leitor a fazer uma licenciatura, aprovada pelo Ministério da Ciência e do Ensino Superior, numa universidade legalmente constituída, sem que com ela possa exercer a correspondente profissão?"

"As tarefas fundamentais do Estado
estão basicamente orientadas para um sistema de garantias, de defesa de principios próprios de um Estado de Direito democrático e para a promoção da igualdade entre os cidadãos e do bem-estar e da qualidade de vida dos portugueses."


"Quer isto dizer que o acesso à actividade profissional no domínio da arquitectura, muito embora careça de inscrição ou filiação na Ordem dos Arquitectos, não deve depender de qualquer formação complementar, “acreditação” ou exame condicional de estágio profissional."

"O que não se compreende é a estulta pretensão de aplicar um funil da entrada estreita (vejam-se os resultados dos últimos “exames” de admissão a estágio: em Novembro de 2002, apenas foram aprovados cinco dos 47 inscritos; em Março de 2003, foram aprovados dois de 95 candidatos), através das normas internas do supra citado Regulamento Interno de Admissão que, ao arrepio dos princípios constitucionais, das directivas europeias e ...do próprio estatuto da Ordem pretende controlar administrativamente e de forma discricionária o exercício da arquitectura."

Nessa altura ter-se-ia, finalmente, atingido o posto de comando de uma Nave dos Loucos chamada...Portugal.

Da arquitecta Helena Roseta, cidadã culta e reconhecida defensora dos direitos, liberdade e garantias, bastonária da Ordem dos Arquitectos, espero meditação sobre a poesia de Pessoa:

“...Quem é que ousou entrar nas minhas cavernas que não desvendo, meus tectos negros do fim do mundo?”...

*PROFESSOR DO ENSINO SUPERIOR

Noticia Completa em PDF

Comments on "A NAVE DOS LOUCOS"

 

Anonymous Anónimo said ... (domingo, 29 maio, 2005) : 

A "Nave dos Loucos" reflecte na integra a situação vergonhosa que a ordem dos arquitectos corporativista criou.

Corporativismo e discriminação Não!!!!!!

 

Blogger arqportugal.blogspot.com said ... (domingo, 29 maio, 2005) : 

“...Quem é que ousou entrar nas minhas cavernas que não desvendo, meus tectos negros do fim do mundo?”...

 

Anonymous Anónimo said ... (domingo, 29 maio, 2005) : 

"Novembro de 2002, apenas foram aprovados cinco dos 47 inscritos; em Março de 2003, foram aprovados dois de 95 candidatos"

Não tinha ideia deste numeros, é realmente uma situação bastante estranha e insólita, o mais CARICATO É:

ALGUNS DESTES 95 candidatos, LICENCIADOS PELA UNIVERSIDADE LUSÓFONA, DEPOIS DE TEREM CHUMBADO 2 VEZES, ENTRARAM DIRECTAMENTE NA ORDEM SEM TER QUE PASSAR O EXAME NOVAMENTE, UMA VEZ QUE A UNIVERSIDADE PAGOU 9500 € DA ACREDITAÇÃO E COMO DISSE HELENA ROSETA "ESSES CURSOS FORAM ACREDITADOS DEVIDO A GRANDES PRESSÕES"

OS RESTANTES CANDIDATOS ESTÃO DESDE 2002 PROIBIDOS DE EXERCER A PROFISSÃO!!!!!!!!!!!!!FDPS

NESTE PAIS DE MERDA, O DINHEIRO SOBREPÕE-SE AOS INTERESSES CIDADÃOS.

ACABEM COM A PORCARIA DO EXAME OU ENTÃO VAMOS TER CHATICE, JÁ FUI MUITO PREJUDICADO EU TABEM POSSO ARRANJAR FORMA DE VOS PREJUDICAR, QUEM SABE.

PARABENS A ESTE BLOG, PELAS INFORMAÇÕES PRESTADAS, CONTINUEM A DESVENDAR O LADO NEGRO DA ORDEM.

 

Anonymous Anónimo said ... (domingo, 29 maio, 2005) : 

"Há quase dez a Ordem dos Arquitectos [OA] assistiu à multiplicação dos cursos de arquitectura em Portugal em instituições públicas e privadas. Assistiu inclusive, à aprovação pelo Ministério da Educação, de cursos com metade das horas de projecto requeridas pela directiva comunitária. Incapaz de pressionar o governo, a OA decidiu pressionar os arquitectos recém-licenciados.
Há quase dez anos a OA começou a discutir os estágios profissionais. A questão do acesso ao título profissional colocava-se agora no âmbito da livre circulação de pessoas e bens no espaço europeu. Os colegas europeus da OA questionavam a forma como a OA avaliava e acreditava os cursos de arquitectura em Portugal. A OA teve assim que encontrar uma forma de passar uma imagem de rigor. Incapaz de convencer os colegas europeus, a OA decidiu pressionar os arquitectos recém-licenciados."


in http://aquiquemfalasoueu.blogspot.com/2004/02/um-estgio-talvez-desnecessrio.html



será que a culpa é so da ordem.. eu penso que nao...

 

Anonymous Anónimo said ... (domingo, 29 maio, 2005) : 

Depois de ter feito queixa à UE deixei de ter os mesmos direitos dos outros meus colegas, deixei de receber as famosas cartinhas da Ordem, não respondem às cartas e emails enviados por mim, etc...
Nisto vê-se a mesquinhice desta ordem.
Deveriamos todos nós pedir uma indemnização dos danos causados por esta situação surreal: inactividade forçada, danos morais e financeiros, má fé..............
Já contactei um advogado que está a analisar a causa. Não desistam tambem vocês porque esta situação não pode apenas ser alterada sem que ninguém seja "culpado" pelos danos causados.
Nós todos quando tínhamos que fazer um exame na faculdade estudavamos para ele se não o fizéssemos chumbávamos, sem perdão, o que é obvio. A Ordem esta a errar e por isso deverá "chumbar" e pagar as consequências, porque se assim não o for outras injustiças virão.

 

Anonymous Anónimo said ... (domingo, 29 maio, 2005) : 

Esta história dava uma bela reportagem tipo Michael Moore.

Cruzamento de nomes, universidades, politicos, professores universitários, acreditações, Policia judiciária, Ministério das Finanças, etc

Fica a Ideia, algum realizador por estas bandas?

http://www.michaelmoore.com

 

Anonymous Anónimo said ... (domingo, 29 maio, 2005) : 

Ó franz

Não fiquei surpreendido com com a atitude da ordem para contigo, eu tambem já enviei cartas para a ordem e ninguem responde sequer, existem meninos na ordem que recebem ordenados bastante avulumados, mas que não estão na ordem quando é preciso falar com eles.

A ordem é uma instituição PUBLICA, com cheiro a corporativismo do mais cruel e não pode tratar assim as pessoas,existam pessoas lá dentro que se acham donos daquilo e fazem a coisa à sua maneira, mas caso eles não saibam, existem LEIS PORTUGUESAS A CUMPRIR!!!!!

 

Anonymous Anónimo said ... (domingo, 29 maio, 2005) : 

Claro que a culpa é da Ordem!
Se em 10 anos a Ordem só tem feito parte do problema e não da solução, de quem é a culpa? É minha?
Vivem obcecados pelas avaliações...E eles já foram avaliados? Ah! Pois foram...! Não há lista alternativa na Ordem. A oposição desapareceu...Apenas 12% aparecem para votar...

Eu tenho mesmo azar! Todos os arquitectos já inscritos com quem falo, todos, mas todos estão contra esta Ordem; não se revêem nela. Sim, porque eles também já foram alvo de extursão. A tal história de uma declaração (a pagar bem)para cada projecto e obrigados a fernecer dados pessoais, de clientes, de preços, etc. Mas revoltaram-se e a Ordem recuou.

No entanto, dou um conselho: Deixem de ser líricos; Deixem de ver a Ordem como uma corporação: ela deve ser a casa de todos os que escolhemos esta profissão. Os que se tentam aproveitar dela hão-de partir e ela há-de continuar.

Se optarem, como Napoleão em "dividir para reinar", acontece como a Napoleão: perdeu a guerra!

(E acabou ....em Sta. Helena)

KAFKA

 

Anonymous Anónimo said ... (domingo, 29 maio, 2005) : 

Também tivemos cá um senhor, há ums anos atrás, que defendia o «orgulhosamente sós».

Òh, senhores da Ordem: é assim que vocês estão a ficar! Não percebem isto?

Esta contestação generalizada que mete Provedor de Justiça, Tribunais, União Europeira, imprensa, pareceres jurídicos e um cordão cada vez maior de vítimas não abre essas cabeças?

 

Anonymous Anónimo said ... (segunda-feira, 30 maio, 2005) : 

Estás a falar de um senhor arqº Manuel Queiroz ?

Foi este FDP que criou este enrredo todo de andar a discriminar licenciados.

ALGUEM ME CONSEGUE DIZER QUEM É ESSE ANIMAL E PQ QUE SE ACHA TÃO BOM?
o QUE FEZ?
QUAIS OS SEUS PROJECTOS?
ONDE ESTUDOU?
QUANDO?


PROCURA-SE VIVO OU MORTO DÁ-SE ALVISSERAS
arqº Manuel Queiroz »»»»»»»» O SENHOR QUE DEU INICIO AO PROCESSO DE DISCRIMINAÇÃO JUNTAMENTE COM A OLGA QUINTANILHA

ESTES 2 PRECISAVAM DE PROVAR AQUILO QUE PLANTARAM.

ROSETA ACABA COM OS EXAMES NÃO TE QUEIMES AINDA MAIS!!!

 

Anonymous Anónimo said ... (segunda-feira, 30 maio, 2005) : 

caros amigos da revolução:

Já que a bomba já foi ateada, porque nao por a hipotese, de se organizar a 2ª manifestação em frente á famosa, ORDEM DOS MACACOS DOS LOBBIES??

Lembram-se da que foi feita á uns anos atrás??

acho que a bomba está prestes a ser divulgada em grande escala nacional, pois se os medias de papel, já deram conta da existencia desta fraude, porque, nao apressar a coisa para as televisões??

é agora..

ass: a mesma de sempre a chamar nomes aos salteadores das arcas perdidas

Uma manifestção nesta altura.. acho q teria um efeito bombástico.. tipo, Apito Dourado..

 

Anonymous Anónimo said ... (segunda-feira, 30 maio, 2005) : 

Não estava a falar propriamento do Manuel Queiróz ...Falava do Salazar!
Mas é curioso como existem tantas semelhanças: podemos falar do Manuel Queiróz, do Reis Cabrita, do Flávio Barbini, etc., etc.

 

Anonymous Anónimo said ... (segunda-feira, 30 maio, 2005) : 

É muito fácil tomar atitudes discriminatorias resguardando-se com uma capa chamada ORDEM DOS ARQUITECTOS, é urgente que a sociedade julguem directamente as pessoas que tomam este tipo de decisões corporativistas.

VÀ PESSOAL DIGAM NOMES, VAMOS SABER QUEM ELES SÃO, ESSES MAÇONS corporativistas .

 

Anonymous Anónimo said ... (segunda-feira, 30 maio, 2005) : 

Sobre a costestação pública:

Ela já está a acontecer! E passar daqui para a televisão é um passo inevitável e praticamente adquirido. Já ninguém nos pode parar!!

De certo modo até é um favor que prestamos à Ordem. Há muita gente lá dentro que concorda conosco e que já não suporta este estado de coisas. É impossível a Ordem desenvolver um bom trabalho sem tirar esta "pedra do sapato".

A própria presidente Helena Roseta afirmou, no Porto, no dia 22/01/2004,que estava à espera de protestos à porta da Ordem depois dos resultados das provas em que chumbaram 98% dos candidatos...Mas nada!Nada!

Nós temos sido "anjinhos", criaturas infinitamente pacíficas!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Portanto, só temos dois caminhos: Ou nos encolhemos cobardemente e aceitamos tudo ou soltamos publicamente esta revolta e humilhação que nos consome todos os dias como se tivessemos cometido algum crime ao tirar um curso, com tanto esforço, homologado pelo Estado Português e reconcecido pela Ordem!

Vamos em frente!!!!

 

Anonymous Anónimo said ... (segunda-feira, 30 maio, 2005) : 

Elenco mais alguns nomes, os piores:

Helder de Almeida
João Afonso

 

Anonymous Anónimo said ... (segunda-feira, 30 maio, 2005) : 

São este meninos "chicos espertos" que se acham D+, são tão bons tão bons, que só eles e mais ninguem é que são tão bons, alias estes meninos acham que apenas eles e mais ninguem é que deviam estar na ordem dos arquitectos.

Deviam fazer uma blak-list com os nomes desses senhores, quem sabe um dia temos que nos cruzar com eles e assim já sabemos aquilo que são, uns invejosos , que apenas querem ser eles a trabalhar , corporativistas de me_d_!!!!

viva a revolução, eu tambem quero fazer parte dela, contem comigo é só avisar que estou lá batido

 

Anonymous Anónimo said ... (segunda-feira, 30 maio, 2005) : 

João Afonso
Licenciado em Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa. Arquitecto de profissão, trabalhou na CML e actualmente faz parte dos corpos directivos da Ordem dos Arquitectos.

CAMARA e AGORA ORDEM DOS ARQUITECTOS

E O MENINO DISSE COM CONVICÇÃO:

Em declarações à agência Lusa, o arquitecto João Afonso reitera que "não há qualquer tipo de discriminação relativamente a arquitectos de outros Estados-Membros", pelo que afirma estranhar que haja uma violação do direito comunitário.

"O nosso regulamento estipula que qualquer licenciado em Arquitectura, português ou de outro Estado-Membro, tem que fazer um exame de admissão, no caso de não estar ainda inscrito numa organização representativa da classe"

JÁ VIRAM O PORMENOR DA ALDRABICE, USAM AS COBAIS DOS CURSOS RECONHECIDOS E DEPOIS DIZ QUE TODOS TÊM DE FAZER EXAME!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

João Afonso - mentiroso

João Afonso - mentiroso

João Afonso - mentiroso

João Afonso - mentiroso

João Afonso - mentiroso

Deve ser responsabilizado pelas falsas declarações, anda a enganar a sociedade .

 

Anonymous Anónimo said ... (terça-feira, 31 maio, 2005) : 

Queremos revolução

QUANDO VAMOS PARA A PORTA DA ORDEM?
QUANDO VAMOS PARA A PORTA DA ORDEM?
QUANDO VAMOS PARA A PORTA DA ORDEM?
QUANDO VAMOS PARA A PORTA DA ORDEM?
QUANDO VAMOS PARA A PORTA DA ORDEM?
QUANDO VAMOS PARA A PORTA DA ORDEM?
QUANDO VAMOS PARA A PORTA DA ORDEM?
QUANDO VAMOS PARA A PORTA DA ORDEM?
QUANDO VAMOS PARA A PORTA DA ORDEM?
QUANDO VAMOS PARA A PORTA DA ORDEM?


Quero ver eles lá dentro encolhidos e sem poder fazer nada, nem dizer nada ( porque nao tem como o dizer nem como o fazer)
Tá na hora.. tem de ser agora..

 

Blogger Pedro said ... (terça-feira, 31 maio, 2005) : 

Não me interpretem mal.
Sou arquitecto. Estou inscrito na Ordem. Sou do tempo dos exames, mas não tive que o realizar. Felizmente...

Vi o conteúdo dos primeiros, e considero-os perfeitamente inconsistentes e dúbio. Demasiado subjectivos nas possíveis interpretações e formas de avaliação que permitem.

Não concordo com o regime actual de admissão na Ordem, e também tenho as minhas dúvidas em relação ao processo de acreditação das Universidades.

Criaram-se problemas graves nos últimos anos com a abertura de cursos que nunca deveriam existir... É claro, para qualquer pessoa com um mínimo de bom senso e conhecimento da profissão, que alguns dos actuais cursos não formam arquitectos. Julgo que deveriam ser encerrados.

Hoje temos muitos arquitectos licenciados que infelizmente não "são" arquitectos. Não estão preparados. É lícito deixá-los exercer? Confesso que não sei a resposta. Exigimos qualidade na arquitecura...

Quanto à situação em que estas pessoas ficam... também não conheço solução. Criámos uma faca de dois gumes. Não podemos hipotecar a vida destes jovens. São necessárias alternativas...

E há ainda outros cursos merecedores de reconhecimento, e que infelizmente a Ordem recusa acreditar...

Julgo que há uma luta grande a travar. Pelos direitos destas pessoas. Pela qualidade do ensino da Arquitectura. Pela prática da Arquitectura...

Não gosto do que li aqui!

Vejo gritos (de raiva), insultos, uma falta de respeito absoluto pelo ser humano. Lançam-se nomes na praça pública e fazem-se julgamentos sumários.
Não há discussão de propostas, de alternativas.
Não há acções de sensibilização, de informação. Apenas uma guerra vergonhosa de palavras, a que pelos vistos nos vamos habituando e calando, e que parece tirada de uma discussão no nosso parlamento.

Como arquitecto sinto-me envergonhado,
Pela Ordem que tenho
pela falta de alternativas nos que a contestam

Pedro

 

Anonymous Anónimo said ... (quarta-feira, 01 junho, 2005) : 

Pedro

Sou um dos que estou envolvido neste processo!

O discurso que tem sido utilizado não tem realmente grande elevação. Concordo contigo!

Porém,tal como nós, também te apercebes que há um enorme vazio entre a Ordem e nós. Compreenderás, que quase quatro anos nesta indefinição é uma vida. Um curso dura cinco.

Eu reconheco que entre nós há pessoas melhor formadas e pior formadas. Mas diz-me lá: -Em que tempo é que isso não existiu?

A verdade é que nós existimos e isso é um facto consumado!

As provas tiveram o infortúnio de não serem adequadas para avaliar nada nem ninguém! Isto toda a gente reconhece!

Esta situação é aflitiva para todos e se os ânimos estão alterados é porque não houve capacidade para a resolver.

A sulução seria um período de transição que numca foi admitido!
Acho que ainda está a tempo.

Sou responsável, cultivo-me o mais que posso,dou o melhor de mim naquilo que faço, levei o curso que fiz muito a sério e gosto da arquitectura. Não me sinto melhor nem pior que qualquer um já inscrito!

Não tenho prazer nesta luta!

Sei há pessoas sensatas na Ordem e destas espero que encontrem a solução para este impasse. A minha seria a implementação de um período de transição(com a admissão) para os "pendentes",estágio para todos e exame ou não conforme deliberações devidamente enquadradas em procedimentos Legais.

A Ordem merece respeito e dignidade! ...Como todos nós!

 

Anonymous Anónimo said ... (quarta-feira, 01 junho, 2005) : 

O pedro disse:

"Não há discussão de propostas, de alternativas."

A ordem conhece o problema desde 2002, e depois de prejudicar vários alunos nada fez até agora para inverter a situação. NADA

"Lançam-se nomes na praça pública e fazem-se julgamentos sumários"

A Ordem foi a primeira a lançar nomes na praça publica, lançou os nomes das universidades que deviam ser postas em causa e as que não eram, e os nomes estão lançados e já não há nada a fazer, eu fui prejudicado nisto tudo, quando iniciei o meu curso a ordem não existia(existia uma associação a dormir encostada à bananeira), não tive a oportunidade de escolha, no fim do curso sou julgado e discriminado perante toda a classe.

Estou farto disto tudo nem imaginas, qualquer dia perco a paciência.

PROPOSTAS?
Depois de ter obtido a minha formação numa universidade, não admito que niguem ponha apenas a minha formação em causa!!

Concordo com o estágio para todos e nunca exame de admissão, pressionem as universidades a melhorar as condições, controlem o que tiverem a controlar mas não queiram controlar os recém licenciados isso é simplesmente DESLEAL, mesquinho e demonstra uma COBARDIA enorme por parte da ordem.

 

Blogger Pedro said ... (quinta-feira, 02 junho, 2005) : 

Só para esclarecer alguns pontos...

Quanto à discussão de propostas, estava a referir-me a este site, mais concretamente a este tópico. Como disse, não gostei do tom.
O único motivo porque intervi, foi porque recebi um e-mail do próprio site (?), que não sei como, obteve o meu contacto. Julguei por isso que deveria deixar a minha opinião.
Propostas têm sido debatidas. Alternativas. Talvez sempre relegadas para segundo plano, pelo facto de serem minorias a tratar destes assuntos. Julgo que este site pode, e tem obrigação, de fazer parte da solução. Pelo que li nas primeiras intervenções, está a fazer apenas parte do problema. E foi isso que me chateou.

E agora a minha opinião...


Quanto às Universidades:
Julgo que deveriam ser examinadas. Pela Ordem (cumprindo as directivas comunitárias), pelo Ministério, e quaisquer outras entidades competentes. As que não cumprem critérios de formação não podem continuar a ser autorizadas a leccionar o curso. Isto para mim é inquestionável. Não é aceitável o nível de formação ministrado em muitas das escolas (e não me estou agora a referir apenas à arquitectura)
Este é o primeiro erro, e o primeiro engano. Permitir que alunos estudem nestes estabelecimentos, sabendo a priori que se lhes está a hipotecar um futuro, é no mínimo desonesto e serve apenas as faculdades.

Os cursos que decorram devem naturalmente ser completados, mas não se pode continuar a abrir vagas.

Anonymus disse
"Depois de ter obtido a minha formação numa universidade, não admito que niguem ponha apenas a minha formação em causa!!"

Não ponho em causa a formação de ninguém em particular. Há bons e maus alunos em todas as universidades. E alunos capazes de ultrapassar as limitações das faculdades. Mas ponho em causa o ensino em muitas Universidades.

Quanto às pessoas:

Anonymus disse..

"Eu reconheco que entre nós há pessoas melhor formadas e pior formadas. Mas diz-me lá: -Em que tempo é que isso não existiu?

A verdade é que nós existimos e isso é um facto consumado!"

Sem dúvida. Não é desculpa para não se lutar por melhor formação, e por se exigir qualidade. Dou um exemplo simples, quase absurdo. De certeza que não queres ser tratado por um médico que não saiba o que é um estetoscópio...
Julgo que todos os arquitectos devem ser avaliados na admissão à ordem. Também estudei, e sei que (mesmo nos cursos reconhecidos) existe muita gente que nunca merecia ter acabado o 1º ano. Mas passar é fácil. Demasiado mesmo...
Claro que essa avaliação tem que ser clara, igual para todos, e adequada ao nível esperado de um recém licenciado. Nas regras, nas provas, e nos resultados. O que se tem vindo a passar é inaceitável..

Não sei como poderá ser feita essa avaliação (se estágio,se relatório,se exame...)
Sei que não pode ser como actualmente. O meu relatório (tal como o da maioria dos meus colegas) passou sem qualquer observação. Todos os que ficaram retidos em primeira fase foram apenas por motivos de forma (erros de índice e coisas parecidas) e nenhum pelo conteúdo. Os exames nem comento... basta lê-los para perceber o ridículo.

Não ponho em causa a formação de ninguém em particular. Quem se julgar merecedor do título deve ter o direito de prová-lo de modo justo. E a entrar na Ordem se demonstrar as capacidades suficientes. Este é um modo de prestigiar a Ordem, os associados, e a arquitectura de Portugal. Mas tem que ser feito com regras bem definidas, claras, objectivas, e adequadas a um arquitecto iniciado na actividade.

Lamento, mas quem demonstrar, nos termos acima descritos, não ter capacidades para exercer a profissão, não a poderá exercer. Terá que procurar alternativas. Melhorar o seu nível de formação...

Não consigo imaginar o desespero de quem está há três, quatro anos a tentar entrar na associação e é constantemente bloqueado. Felizmente não passei po isso. Posso apenas aceitar que deve ser terrível.
É evidente que esta não é uma situação sustentável. É necessária uma solução rápida, mas continuo a defender a necessidade de avaliações (Justas!)
Os resultados dos exames, por si só, mostram um claro distanciamento entre quem avalia e quem é avaliado. É necessário eliminar de vez essa barreira.

Espero sinceramente que este blog possa transformar-se num espaço de debate e divulgação, e não num local de insultos.

 

Blogger Pedro said ... (quinta-feira, 02 junho, 2005) : 

Só para terminar...

É preciso, e urgente, lutar por uma solução.
Mas é preciso também fazê-lo com inteligência e respeito
(mesmo quando nos possamos sentir injustiçados)

É o único modo de se conseguir o respeito por parte dos outros arquitectos e da restante sociedade.
Concordo com o recurso a advogados, a juristas, à imprensa, etc...
Não concordo que se usem meios e palavras sujas para se conseguirem objectivos. Quando o fazemos estamos apenas a iludir-nos, e a tornarmo-nos naquilo que criticamos.

 

Blogger arqportugal.blogspot.com said ... (quinta-feira, 02 junho, 2005) : 

Antes de mais gostaria de informar que neste Blog imperam as regras da boa educação e como tal, não são permitidos qualquer tipo de insultos ou utilização de palavras menos próprias.

"Julgo que este site pode, e tem obrigação, de fazer parte da solução. Pelo que li nas primeiras intervenções, está a fazer apenas parte do problema. E foi isso que me chateou"

É com bastante agrado que recebemos a tua opinião.
No entanto, convêm esclarecer que este Blog, tem como função informar todos os licenciados lesados sobre os procedimentos que têm sido tomados por vários grupos de licenciados e outros relativamente ao problema.
A solução que o blog propõe está implicita na origem da sua criação.

“Quanto à discussão de propostas, estava a referir-me a este site, mais concretamente a este tópico. Como disse, não gostei do tom.”

Não percebemos o problema deste tópico, trata-se “apenas” de um artigo do Jornal "PÚBLICO" , elaborado por Santana Castilho, PROFESSOR DO ENSINO SUPERIOR, e dado ao conhecimento dos lesados.

Contamos com a tua participação e apoio demonstrado.

 

Blogger Pedro said ... (quinta-feira, 02 junho, 2005) : 

desculpa... não era tópico que queria dizer...
falava dos comentários

 

Anonymous Anónimo said ... (quinta-feira, 02 junho, 2005) : 

"Quando o fazemos estamos apenas a iludir-nos, e a tornarmo-nos naquilo que criticamos"

Pedro

Com este pensamento e outros demonstrados, fazes-me lembrar alguem, esse alguem sou eu mesmo quando ainda acreditava que existia justiça e as pessoas lutavam e trabalhavam com seriedade.
Como podes vir aqui exigir tanta coisa a colegas que estão a ser julgados na praça publica, perante a classe, e ONDE INCLUSIVÉ FORAM PROIBIDOS EM 2002 DE ACEDER AO ESTÁGIO POR TEREM CHUMBADO 98%, apenas puderam entrar em 2004?

Palavras sujas acontecem raramente no site, até considero bastante moderado visto tratar-se de um assunto tão VERGONHOSO, e as sujas que acontecem surgem do desespero de alguns, axo normal, posso-te garantir que neste momento sinto raiva da ordem por me estar a fazer passar po esta situação humilhante.
É urgente necessário compreender a agustia vivida ao longo de 4 anos por todos nós.

 

Blogger Pedro said ... (quinta-feira, 02 junho, 2005) : 

Se calhar tens razão... sou um utópico. Foi assim que cresci e aprendi a viver.

Nunca deixei de lutar pelas coisas em que acredito, e procurei sempre seguir este modo de acção.

Não me arrependo, e regra geral, consegui quase sempre atingir os meus objectivos. E com esta atitude "aparentemente submissa" muitas vezes lutei mais e consegui mais do que a maioria que faz barulho e depois se encosta à espera que alguém faça alguma coisa (Não estou a dizer que seja o caso aqui).

Sei que não é fácil manter a calma com a situação criada. Assim como é fácil para mim falar. Afinal esta não será a "minha" luta. Já estou na Ordem há 2 anos...
Mas de certa forma também o é. É a minha profissão, a minha associação e os meus colegas (inscritos e por inscrever) que estão em causa perante a sociedade...

Só vos desejo a maior sorte e brevidade na solução deste drama. E espero poder, dentro das minhas limitações (actualmente não resido em Portugal) ajudar nesta luta.

 

Anonymous Anónimo said ... (quinta-feira, 02 junho, 2005) : 

para o Arquitecto Pedro.
Sou um licenciado em Arquitectura desde 2002, de uma "Univ. Reconhecida". Acabei o curso 1 mês antes da mudança de regime de acesso na Ordem. Deste então tenho estado sem poder exercer a profissão que sempre sonhei e para o qual me preparei.
Entrei no curso reconhecido pelo estado português, portanto onde teria a garantia de poder ser arquitecto, dentro dos condicionalismos que se impunham na altura.
Eu sou casado, com familia constituída e tirei o curso nessas condiçoes, com grande sacrificio familiar. O colega Pedro está a propor-me que reinvidique os meus direitos pelos meios legais ao meu dispor, para resolver o meu problema? Pois, se lhe chamaram utópico, tinham razão sim senhor.
Estamos em Portugal e é com este tipo de acções que a Ordem conta. Eles sabem que um processo em tribunal leva 15 ou 20 anos, de recurso em recurso. Tenho 38 anos. Daqui a 20 anos vou fazer o quê? Reformar-me? Por amor de Deus, eu não sei se a vida lhe tem sido adversa, mas ponha a mão na consciência e pense que há quem não possa esperar uma vida para que se faça justiça. A vida é muito curta para isso. Tudo o que fiz saiu somente do meu esforço que foi muito e com muita dedicação.
Nós temos razão e isso é inabalavél. E não é com "boas acções" que vamos conseguir. As armas do nosso "inimigo" são muito sujas.
Se lhe chamaram utópico, faço, com todo o respeito que me merece, das deles as minhas palavras.
Ass. FBR

 

Anonymous Anónimo said ... (segunda-feira, 06 junho, 2005) : 

Se a Arqª Helena Roseta "quer continuar a manter a imagem de democrata e de pessoa que se move por causas justas, que tinha antes de entrar para a OA", não tem outro caminho senão o de NÃO ADMITIR a entrada directa E CONTINUAR A TRABALHAR no sentido da inscrição de TODOS os licenciados na ORDEM DOS ARQUITECTOS depois de uma prova de admissão como é feita na ORDEM DOS ADVOGADOS e na ORDEM DOS MÉDICOS.

 

Blogger arqportugal.blogspot.com said ... (quinta-feira, 09 junho, 2005) : 

SANTANA CASTILHO

Colunista do jornal Público. Autor do livro Manifesto para a Educação em Portugal (1999). Professor coordenador com agregação da ESE de Santarém, ex-Presidente do Instituto Politécnico de Setúbal (Julho de 1987 a Maio de 1988), ex-Presidente da Comissão Instaladora da ESE de Santarém (1985-1992) e do seu Conselho Científico, Subsecretário de Estado para os Assuntos Pedagógicos do VIII Governo Constitucional (1982).

Trabalhos publicados:

• Globalização e Diversidade (em co-autoria). Porto: Porto Editora, 2002.
• Manifesto para a Educação em Portugal: os equívocos e as soluções, as tendências do terceiro milénio. Lisboa: Texto Editora, 1999.
• Portugal, a Informática e a Educação no Terceiro Milénio. Lisboa: IBM, 1992.
• As novas tecnologias e a "Escola Cultural". Évora: AEPEC/ Cadernos Escola Cultural, nº 5, 1992.
• A Propósito do Rolex. Lisboa: Time System, 1991.
• "Foreign Scholar Wants to Learn How to Test a Society – Not Just Students". In Examiner. Princeton, USA: Educational Testing Service, 1986.
• António Sérgio e a Escola dos Anos 80. Lisboa: INSCOOP, 1984.
• "Que Ensino Técnico Profissional?" In Tempo – Documentos, nº 14. Lisboa: Grafinova, 1983.
• "Escola Portuguesa: Uma Multidão no Vazio". In Tempo – Documentos, nº 13. Lisboa: Grafinova, 1983.
• Educação: Reflexões e Crítica. Lisboa: Nova Nórdica, 1982.
• "Novas Linhas de Rumo para a Educação Especial". In Escola Democrática, nº 4.Lisboa: ME, 1982.

• Director da Revista ESES: revista semestral da Escola Superior de Educação de Santarém, de 1989 a 1992.
• coluna quinzenal no jornal Público – «Prova Escrita», desde Outubro de 2001.
• coluna semanal de política educativa no jornal Tempo, de 1981 a 1990.
• coluna semanal sobre educação n' O Globo, de 1983 e 1984.
• Artigos dispersos no DN e Expresso.

 

Anonymous Anónimo said ... (quinta-feira, 09 junho, 2005) : 

O senhor que comenta que a Helena Roseta está a ser democrata e justa ou é cego ou está feito com o sistema.
Há gente muito ignorante.
Uma cambada de meninos mimados é o que é. Esses é que lhe fazem a cama.

 

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