O IMPÉRIO DAS CORPORAÇÕES PROFISSIONAIS
Noticia no Jornal "Público" "O tema mais polémico do seminário sobre "avaliação e acreditação", promovido pelo Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior (Cnaves), foi seguramente o da "acreditação" dos cursos superiores pelas ordens profissionais. A questão é a seguinte: podem os organismos profissionais públicos (nomeadamente as ordens) contestar a formação académica dos candidatos ao exercício da profissão? Algumas ordens profissionais permitem-se submeter os candidatos à profissão a um exame de entrada tendente a aferir a sua formação académica, exame que, no caso de algumas ordens, é dispensado quando o respectivo curso esteja "acreditado" pela ordem profissional em causa, mediante uma avaliação "ad hoc" do plano curricular, do corpo docente, dos métodos de ensino e de avaliação. Este mecanismo de controlo, iniciado pela Ordem dos Engenheiros há vários anos, tem vindo a ser copiado por outras ordens nos últimos tempos, nomeadamente pela Ordem dos Arquitectos e pela Ordem dos Farmacêuticos, as quais conseguiram introduzi-lo na recente revisão dos respectivos estatutos legais. Isto quer dizer que o grau académico na licenciatura legalmente elegível para dar acesso a uma profissão não é aceite pela respectiva ordem profissional. Este procedimento suscita as maiores perplexidades, quer quanto à sua legitimidade quer quanto à sua razoabilidade. Entre nós, os graus académicos são títulos oficiais, sejam eles conferidos por universidades públicas ou por universidades privadas oficialmente reconhecidas. Por definição, são dignos de todo o crédito e de fé pública quanto à formação de nível superior numa determinada área de conhecimento, legalmente exigido para o exercício de uma certa profissão. Submeter essa formação a um controlo posterior de uma ordem profissional - seja mediante exame individual seja mediante acreditação dos cursos ministrados por cada escola em si mesmos - significa obviamente questionar o valor oficial, ou seja, o crédito oficial, dos graus académicos. Só se pode submeter a acreditação aquilo que não é digno de crédito. As ordens deveriam ser incompetentes para isso. A vocação natural das ordens profissionais não é contudo a de controlar a formação académica dos candidatos à profissão, essa já oficialmente "acreditada" no título académico, mas sim a de lhes ministrar uma adequada formação quanto à deontologia profissional e quanto às "legis artis" e "boas práticas" da profissão (coisa estas que não competem às universidades) e, depois, proceder ao necessário controlo e punição das infracções a uma e outras. O mais espantoso a este respeito é que a maior parte da ordens profissionais não cumpre a primeira dessas tarefas elementares e poucas cumprem razoavelmente a segunda. Hoje, porém, recuperou-se alguma racionalidade na criação de cursos e, sobretudo, está em pleno funcionamento um sistema público independente de avaliação do ensino superior, coordenado justamente pelo referido Cnaves. O que poderia justificar-se como medida de emergência em estado de necessidade tornou-se hoje redundante, por um lado, e inconsistente, por outro. Além da multiplicação das avaliações, em sobreposição do sistema nacional de avaliação, verifica-se também uma óbvia violação da separação de poderes que deve existir entre a formação académica, que incumbe às escolas do ensino superior, e a formação profissional (deontologia e técnicas profissionais), que é do foro dos organismos profissionais. A única justificação real da chamada "acreditação profissional" está em estabelecer mais um filtro à entrada na profissão, com o risco de ser instrumentalizado como um meio encapotado de limitação corporativa do acesso à profissão, em benefício dos que já lá estão. Isto não quer dizer que os organismos profissionais públicos não devam ter uma intervenção relevante na apreciação da pertinência profissional dos cursos académicos correspondentes (plano de estudos, duração do curso, etc.) e na avaliação do seu funcionamento (corpo docente, meios de ensino, métodos de avaliação de conhecimentos, etc.). Mas isso deve ser feito a montante, primeiro aquando da criação dos cursos, no momento do sua aprovação oficial, e depois no processo de avaliação levado a cabo pelas estruturas estabelecidas para o efeito. Torna-se necessário inserir as ordens profissionais nos mecanismos procedimentais correspondentes, de modo a retirar qualquer pretexto para que elas se arroguem o direito de controlar "a posteriori" a formação obtida pelos graduados nesses cursos. Nessa altura, a formação académica deve ser um dado inquestionável, devendo as ordens profissionais limitar-se a verificar as credenciais académicas dos candidatos. Em vez de pretenderem controlar o que as universidades ensinam (tarefa que pertence a outrem), os organismos profissionais só devem poder avaliar aquilo que é suposto que elas devem ensinar (nomeadamente deontologia profissional e técnicas profissionais), no estágio que todas deveriam ter mas não têm. Esta nova esfera de poder das ordens profissionais testemunha o seu crescente protagonismo entre nós, traduzido no aumento do seu número (de 4 em 1974 passámos para 11 na actualidade), na incontinente acumulação de poderes que elas vão progressivamente conseguindo extorquir ao Estado e na crescente visibilidade que elas vão adquirindo na esfera pública, como decorre da impacto das eleições dos bastonários das mais importantes. Quando, por exemplo, um dos candidatos ao cargo de bastonário da Ordem dos Advogados inscreve tranquilamente no seu programa o propósito de realizar "auditorias às faculdade de Direito", isso não traduz somente uma singular inversão do lugar constitucional das universidades e das ordens. Traduz sobretudo o facto de que, com a prestimosa cooperação dos governos, as ordens profissionais se contam hoje entre os mais influentes centros de poder em Portugal. Quando o Estado é fraco e os governos débeis, triunfam os poderes fácticos e os grupos de interesse corporativos. Como disse uma vez um autor clássico, as corporações são o meio pelo qual a sociedade civil ambiciona transformar-se em Estado. Mais precisamente, elas são o meio pelo qual os interesses de grupo se sobrepõem ao interesse público geral, que só os órgãos representativos do Estado podem representar e promover." |
Comments on "O IMPÉRIO DAS CORPORAÇÕES PROFISSIONAIS"
Vital Moreira
Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC), Secção de Direito Público.
Director Nacional do European Master's Degree in Human Rights and Democratisation, sediado em Veneza e organizado por um consórcio de 15 universidades europeias, com o patrocínio da União Europeia.
Director do Centro de Direitos Humanos do Jus Gentium Conimbrigae (FDUC).
Presidente da direcção do Centro de Estudos de Direito Público e Regulação (CEDIPRE), instituto de investigação e pós-graduação da FDUC.
Membro da Comissão Europeia para a Democracia pelo Direito ("Comissão de Veneza"), do Conselho da Europa.
Membro do Conselho Nacional da Avaliação do Ensino Superior (CNAVES).
Membro do Conselho Consultivo Geral da Fundação Calouste Gulbenkian.
Colaborador semanal do jornal "Público".
Antigo Deputado à Assembleia Constituinte (1975-76) e à Assembleia da República (1976-1982 e 1996-1997).
Antigo juiz do Tribunal Constitucional (1983-1989).
Cerca de uma dezena de livros publicados, desde A Ordem Jurídica do Capitalismo (1973) até O governo de Baco (A organização institucional do vinho do Porto) (1998), passando pelo Direito de Resposta na Comunicação Social (1994) e pela Constituição da República Portuguesa anotada (1978, 4ª edição, em preparação), esta em colaboração com J. J. Gomes Canotilho).
"Quando o Estado é fraco e os governos débeis, triunfam os poderes fácticos e os grupos de interesse corporativos."
Finalmente alguem que pega o touro pelos cornos e conta a verdade, isto é um problema gravissimo, que se anda a instalar no nosso País, tem de se acabar com esta vergonha.
Espero bem que, conforme garantiu o Prof. Doutor José Mariano Gago, não vá ceder a INTERESSES CORPORATIVISTAS.
VIVA PORTUGAL, acabem com aquele tipo de pessoas que apenas querem o poder pelo poder.
Vital Moreira
Professor Doutor
e Catedrático talvez
Porque dá o exemplo das Ordens dos Engenheiros e dos Farmacêuticos e não refere os exemplos muito mais poderosos, antigos, consolidados e exigentes (corporativos?) das Ordens dos Médicos e dos Advogados? Porque lhe tocam nos amigos? Nos correlegionários?
Haja imparciallidade
Mariano Gago
Professor Doutor
e Catedrático talvez
Será que vai proteger mais uma vez os seus amigos Engenheiros? Será que ainda não é desta que se revoga o 73/73? Será que os licenciados não percebem que aqui está o cerne da questão?
Ao senhor do comentário anterior.
O problema é que a nossa santa ordem não sabe arrumar a sua casa e está a querer meter-se em casas alheias. Comece por dar alguma dignidade aos seus actos e a não projedicar os seus e, depois, com uma base sólida, comece a pensar em tratar assuntos como o 73/73. Esse sim, é um assunto a rever já, porque toda a gente pode subscrever projectos de arquitectura (e vai continuar a subsrever) excepto os licenciados nessa área. Façam primeiro trabalho digno em casa.
Ass. FBR
Mais uma vez temos os representantes da ordem a desviar a atenção para outros temas que não a noticia exposta no blog.
Neste caso é para o 73/73, no caso anterior era para a vida privada do TT.
COMENTEM O ASSUNTO EXPOSTO.
FALEM DAS INJUSTIÇA E DA DISCRIMINAÇÃO QUE ESTÃO A COMETER.
FALEM DA LEGALIDADE (????) DOS ACTOS QUE ESTÃO A PRATICAR.
FALEM DO QUE ESTÃO A FAZER COM DINHEIRO QUE ESTÃO A EXTORQUIR AOS LICENCIADOS E AOS ARQUITECTOS INSCRITOS.
JÁ QUE TÊM ESSA POLITICA, AO MENOS NÃO SEJAM COBARDES DEFENDAM OS VOSSOS PONTOS DE VISTA EM VEZ DE DISTRAIREM AS ATENÇÕES COM QUESTÕES PARALELAS.
Diz-se que a Helena Roseta vai ser condecorada no 10 de Junho.
Será condecorada por serviços relevantes prestados á democracia?
OS SERVIÇOS PRESTADOS NA ORDEM TAMBÉM CONTAM? DADA A SUA QUALIDADE, CERTAMENTE QUE SIM?
E SE QUANDO FOR RECEBER A COMENDA, HOUVER UM JORNALISTA ATREVIDO QUE A QUESTIONE NESSE SENTIDO? OU QUALQUER ACTO OU ACÇÃO QUE PROVOQUE A INTERVENÇÃO DOS JORNALISTAS?
Diz-se que a Helena Roseta vai ser condecorada no 10 de Junho.
Será condecorada por serviços relevantes prestados á democracia?
OS SERVIÇOS PRESTADOS NA ORDEM TAMBÉM CONTAM? DADA A SUA QUALIDADE, CERTAMENTE QUE SIM?
E SE QUANDO FOR RECEBER A COMENDA, HOUVER UM JORNALISTA ATREVIDO QUE A QUESTIONE NESSE SENTIDO? OU QUALQUER ACTO OU ACÇÃO QUE PROVOQUE A INTERVENÇÃO DOS JORNALISTAS?
Olá a todos:
Aqui fica a direcção de mail, da faculdade onde lecciona, do professor Vital Moreira. Se alguem lhe quiser facer algum comentario.
Abstenerse pessoas puco serias.
vitalm@ci.uc.pt
Cumprimentos
Helena condecorada, vai ser lindo!!!!!!
Que pouca vergonha,terá lata de aparecer cá para receber o troféu da liberdade, ela que se cuide.
Srs da Ordem, mandatários da mesma e/ou simpatizantes do sistema instalado:
É bom que tenham estado a aparecer por aqui. Pena é que o nível da crítica que deixam ficar seja tão medíocre.
Gostaria que se defendessem sobre as ilegalidades, a discriminação,a usurpação de poderes,as atitudes corporativistas etc., etc., de que têm aqui sido alvo de crítica.
Mas, ao invés disto, insistem em derivar para a conversa ofensiva e barata, assente na xenofobia e na atitude repressiva.
Sob o aspecto deontológico nem se fala. É inacreditável ver um colega a tratar o outro por «cão» e ainda a outros por «pobres».
Os princípios básicos que presidem a uma Ordem são os do exercício da profissão e os da deontologia.
Não digo mais. Não há palavras. Estou ressabiado!
Ass: O 31
Vamo-nos 'abstenerse' sim, mas não somos pouco sérios, somos portugueses letrados.
Mas isto é um escrito de um representante do VM? Veio da Birmânia e entrou com 7,89 na Fac?
'Aqui fica a direcção de mail, da faculdade onde lecciona, do professor Vital Moreira. Se alguem lhe quiser facer algum comentario.
Abstenerse pessoas puco serias.'
Este artigo de Vital Moreira, mostra o estado de desresponsabilização do estado relativamente à sociedade, o poder porque todos anseiam e não concedido pelos cidadãos Portugueses, acaba por cair em mãos como a de Helena Roseta e outras Ordens Profissionais.
Este Pais é uma vergonha, já precisa de outra revolução.
NÃO AO CRIME CORPORATIVISTA – CORPORATIVISMO É CRIME
NÃO AO CRIME CORPORATIVISTA – CORPORATIVISMO É CRIME
***************DISCRIMINAÇÃO E XENOFOFIA *****************
***************DISCRIMINAÇÃO E XENOFOFIA *****************
***************DISCRIMINAÇÃO E XENOFOFIA *****************
SÃO AS PALAVRAS DE BOAS-VINDAS DA ORDEM DOS ARQUITECTOS PORTUGUESES AOS COLEGAS DE PROFISSÃO
TENHAM VERGONHA NESSA CARA, ANDAM A VIVER À PALA DAS COTAS DOS ASSOCIADOS, E NÃO OS RESPEITAM!!!
VIVA A EUROPA PARA TODOS
CIDADÃO PORTUGUÊS
Eu nunca me inteirei deste problema porque sofro demasiado com injustiças e como tenho o meu marido (Agente Técnico) que assina os meus projectos e como também não tenho grandes possibilidades económicas para pagar a bons advogados para tratarem da situação, prefiro afastar-me e não aderir ás lutas como fazem muitos dos meus colegas.
O que me revolta é a Ordem dos Arquitectos em vez de se preocupar com a revogação do decreto-lei 73 / 73, está preocupada com o impedimento de licenciados a entrar na vida profissional, e que outros sem competências vão enchendo o tacho!
Engraçado é analisar por exemplo; uma licenciada como eu dar aulas a futuros engenheiros civis e estes após 3 anos saírem da universidade inscreverem-se na ANET Associação Nacional de Engenheiros Técnicos e começarem a assinar projectos, e EU!!!
Engraçado é eu ganhar concursos públicos de alto gabarito como foi o meu caso e não poder assinar o meu bebé (projecto) !!! Então não me venham dizer que não tenho competências para exercer a minha profissão!!! E tenho de me prestar a uma prova ridícula e em que me sinto humilhada profundamente.
Com os melhores cumprimentos
Assinado: Licenciada em Arquitectura de um curso reconhecido ha 2 anos e que não se presta a provas!
Cara amiga
A revogação do 73/73 impedirá o seu marido de assinar projectos. Não a percebo
"Apelo ao PS
O Partido Socialista recebeu um documento subscrito por várias entidades que apelam à despenalização do aborto directamente no parlamento. A arquitecta Helena Roseta foi uma das personalidades que assinou este documento. Helena Roseta considera que este assunto culminará forçosamente no parlamento. "
Esta Noticia está no site da ordem dos arquitectos.
O que eu gostava de saber o que é que isso tem a ver com o tema arquitectura?
Seria interessante que a OA, usasse o site dos seus associados para promover arquitectura em Portugal, não basta falar sempre dos mesmos arquitectos, ou promover a oferta de estágios precários.
Uma coisa que nunca percebi é a questão dos concursos públicos publicitados pela OA, são sempre os mesmos concursos, mas será que se fazem obras neste Pais todos os dias, e a Ordem dos Arquitectos só tem aqueles concursos? eu percebo isso não interessa à Ordem, não precisam deles para nada será? Não promovem ninguém.
Mas deviam pensar que os outros colegas que ganham a vida a fazer arquitectura precisam de trabalhar, e essa informação é importantíssima, tanto para os arquitectos como para o País.
No entanto as noticias do PS e da Helena abundam lá no site da Ordem.
E andamos nós a pagar este serviço de promoção politica sem vergonha?
Concentrem-se na arquitectura, o resto é paisagem para vcs, não é da vossa competência simplesmente, não se metam onde não são chamados!
“A arquitecta Helena Roseta foi uma das personalidades que assinou este documento”
A senhora assinou em nome dela ou em nome da Ordem dos arquitectos?
Qualquer das situações terá certamente uma resposta no mínimo caricata.
Eu também sou contra a alguns abortos que andam por ai.
CSI:
Não percebo anda tudo desconcertado, preocupados com a revogação do 73/73, não se preocupem façam como a nossa presidente da ordem faz nesta entrevista:
http://www.mulheres-ps20.ipp.pt/Helena_Roseta.htm#Ordem_arqs
Não falem simplesmente.
Helena Roseta:
Fala com paixão e diz sempre o que pensa.
Doa a quem doer.
Na política, esta frontalidade tem sido castigada.
Na arquitectura, valeu-lhe a eleição para presidente da Ordem.
NO COMENTS
Gostei particularmente da frase:
"Um movimento de jovens arquitectos veio ter comigo com uma proposta muito bonita, para mudar a ordem das coisas. As propostas que eles tinham eram o que eu queria fazer, tudo fazia sentido."
tudo fazia sentido
tudo fazia sentido
tudo fazia sentido
tudo fazia sentido
tudo fazia sentido
Enfim, infelizmente nada disto faz sentido .
nada faz sentido
nada faz sentido
nada faz sentido
nada faz sentido
nada faz sentido
NÃO Á DISCRIMINAÇÃO DOS LICENCIADOS, NÃO A INTERESSES CORPORATIVISTAS DA OA
O CORPORATIVISMO ARQUITECTÓNICO
Antes de mais, gostaria de vos dar os parabéns pelo trabalho alcançado com a construção deste site, fonte de divulgação de mais uma injustiça a decorrer no nosso país.
Não pude de deixar de rir, quando esta semana tomei conhecimento da condecoração da ordem liberdade, à arq. Helena Roseta. Será isto possível, será que ela consegue dormir sem lhe doer a consciência. Pelos vistos dorme, e sabem porquê? Porque possivelmente já se esqueceu do que é a liberdade, do que é o respeito pelos outros. Este é, infelizmente, um sintoma frequente da nossa classe politica. O poder dá realmente volta à cabeça das pessoas.
Mas, voltando ao assunto que me trás aqui:
Será possível, que os actuais dirigentes da O.A. já se tenham esquecido que foram estudantes, que tiveram expectativas, sonhos na concretização do curso que escolheram. Pelos vistos sim, o que é grave, porque o que estão a fazer aos licenciados dos cursos reconhecidos, não se faz. Esta atitude não é digna de um país que se diz democrático e muito menos de quem se intitula de socialista.
Como é possível, que se alguém acabe uma licenciatura e passados 3 anos ainda esteja à espera de entrar para a O.A. Que direito tem a O.A. de fazer isto, e com que finalidade?
A resposta só pode ser uma. Pelo corporativismo.
O monopólio da arquitectura, pelos arquitectos mais antigos está em perigo, o medo da concorrência está a lhes criar pavor, medo.
A atitude de filtragem, dos licenciados em arquitectura no acesso à profissão, apenas é justificada, como uma tentativa de entrada de novos arquitectos no mercado de trabalho, é isso que a ordem dos arquitectos quer, NÃO TER MAIS ARQUITECTOS.
Será que a ordem não se apercebeu que a maioria dos licenciados estão trabalhando, que estão recorrendo a arquitectos para lhes assinarem os projectos, e mais grave ainda, pedindo a engenheiros para lhes assinarem os projectos de arquitectura… vou repetir PEDINDO A ENGENHEIROS PARA LHES ASSINAREM O PROJECTO DE ARQUITECTURA….
E, não venha a Helena Roseta dizer que esta atitude é, a bem da arquitectura, pois só indica que de arquitectura pouco entende (será que ela é mesmo arquitecta? Não terá tido uma passagem administrativa no 25 de Abril?) e ainda não se apercebeu que, para fazer algo pela arquitectura, teria que primeiro dar formação aos arquitectos mais velhos, principalmente de deontologia profissional.
Arquitecto Estagiário
Como não conseguem resolver o 73/73, optam por barrar a entrada a alguns recém licenciados, que vergonha COBARDES!!!!
Arquitecto Estagiário
De tudo o que disseste, cheio de entoação e comoção, só me ficou isto:
(...) a maioria dos licenciados estão trabalhando (...) pedindo a engenheiros para lhes assinarem os projectos de arquitectura… vou repetir PEDINDO A ENGENHEIROS PARA LHES ASSINAREM O PROJECTO DE ARQUITECTURA….
Que atrapalhado eu fiquei qd li estas maiúsculas tão vibrantes...
Nunca me tinha ocorrido fazer essa desfaçatez, mas... deste-me uma boa ideia.
Mas onde vais tu buscar os clientes? Deves ser mto BOM pq há anos que me escasseiam e os que tenho pagam-me mal ou a más horas.
Adeus FELIZARDO e ESPERTALHÃO!
Não vejo o problema dessa forma, é inquestionavel que o 73/73 não seja revogado,este decreto está completamente ultrapassado trata-se de uma decisão urgente, não se pode continuar a permitir pessoas que não têm as devidas qualificações, subscrevam projectos de arquitectura, qualquer cidadão bem informado reconhecerá as mais valias que um arquitecto poderá introduzir na sociedade, a revogação deste decreto, permitirá o reconhecimento do papel do arquitecto e uma maior liberdade para a prática da profissão.
Trata-se de um decreto provisório que dura á 31 anos.
Relativamente á admissão na ordem, é uma vergonha a discriminação que a OA anda a cometer, não se percebe.
LEVANTA-TE E CHORA
"- Domingo, 30 Novembro 2003 - 01:12
ARQUITECTOS QUEREM NOVA LEI
A presidente da Ordem dos Arquitectos, Helena Roseta, comprometeu-se ontem a negociar em três meses o acordo dos parceiros profissionais, nomeadamente a Ordem dos Engenheiros e a Associação dos Engenheiros Técnicos, para a revogação do decreto que regula a autoria dos projectos."
http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=73508&idCanal=10
A haver a revogação do 73/73 ela vai interferir com todas as classes de técnicos que actualmente subscrevem projectos.
A revogação do 73 não pode ser para resolver apenas o problema de uma classe. É POR CAUSA DISSO É QUE AINDA NÃO FOI REVOGADO.
Até aqui temos assistido a cada uma das classes fazendo propostas pensando apenas em si.
O 73 apenas será revisto quando contemplar os interesses de todas as classes SEM EXCEPÇÕES E NÃO COMO NO CASO DA NOTICIA ANTERIOR EM QUE A HELENA ROSETA SE COMPROMETE RESOLVER O PROBLEMA ( com os Engenheiros e os Engenheiros Técnicos ), EXCLUINDO LOGO OS AGENTES TÉCNICOS.
As propostas dessas reuniões apenas tiveram efeito para a assinatura de Alvarás junto do IMOPPI. Daí saíram beneficiados os Engenheiros Técnicos e os Agentes técnicos que passaram a poder assinar até à classe 4. Quanto aos arquitectos, o nome Arquitecto deixou de constar na designação das classes profissionais com competência profissional para assinar alvarás. Após protestos mendicantes da ordem o IMOPPI começou novamente a permitir que arquitectos assinassem alvarás.
O ASSUNTO FOI MUITO BEM NEGOCIADO PELA HELENA ROSETA. CUMPRIU O COMPROMISSO À RISCA.
ESTA FORMA DE ACTUAÇÃO É DE QUEM NÃO TEM COMPETÊNCIA OU NÃO QUER RESOLVER NADA E PRETENDE PROVOCAR CONTESTAÇÃO IMEDIATA ÀS PROPOSTAS QUE POSSA VIR A APRESENTAR.
CERTAMENTE POR ESTAR CONTENTE COM A SITUAÇÃO ACTUAL.
...deveriamos estar mais atentos e preocupados com as descriminaçoes ...que com os 73/7333.... nao??
"mais atentos e preocupados com as descriminaçoes ...que com os 73/7333" ??
Este texto revela um grande autodomínio pimba *
* pimba - grunho ** (Enc. Encarta)
** grunho - pimba (» »)