segunda-feira, agosto 01, 2005

ACREDITAÇÃO DE CURSOS | PRESIDENTE DO IPL

Por um novo ciclo para o Ensino Superior
Luciano Santos Rodrigues de Almeida, Presidente do Instituto Politécnico de Leiria

Acreditação de cursos
É matéria sobre a qual me tenho já pronunciado. Recordo, por isso, apenas algumas das ideias-chave, o que faço acompanhado do pedido para que rapidamente se ponha cobro a esta situação.Ninguém tem dúvidas que o acesso a uma determinada profissão possa e deva ser regulado, mas também ninguém pode ter dúvidas que o único interesse digno de protecção subjacente a essa regulação é o interesse público. Este interesse não pode ser confundido com interesses corporativos de grupos mais ou menos organizados preocupados com a concorrência dos mais jovens. Quando se criam mecanismos de regulação no acesso a uma determinada actividade ou a uma determinada profissão, pretende-se com esses mecanismos garantir que um determinado sujeito, em concreto, está apto ao exercício dessa actividade ou profissão. A acreditação de cursos é, como é sabido, uma forma legalmente prevista de dispensa dos alunos que terminaram um determinado curso com aproveitamento do exame de admissão a uma determinada ordem profissional. Na acreditação do curso a ordem profissional avalia o processo de formação e tece um juízo de valor segundo o qual, em princípio, quem tiver concluído aquele curso está apto para o exercício da profissão. O juízo de valor não incide sobre o candidato em concreto, mas sobre o processo de formação da instituição em que se graduou. Ou seja, a ordem profissional presume a aptidão do candidato sem que o submeta individualmente a qualquer processo de avaliação. E é com base nessa presunção que se permite o início do exercício da actividade ou da profissão. Defrauda-se, assim, o consumidor, defrauda-se, assim, o interesse público!A situação é tal que as ordens profissionais que não cumprem o seu papel (garantir que os sujeitos que usem um determinado título reúnem as capacidades e competências para o efeito) se permitem interferir nas competências de outras instituições. Raia o ridículo as exigências das ordens profissionais relativamente à nota mínima de ingresso no ensino superior. Às ordens profissionais compete avaliar o candidato no momento do ingresso na profissão e não no momento de ingresso no ensino superior. O consumidor não quer saber se o engenheiro, o arquitecto, ou lá quem seja, entrou com dez a Matemática no ensino superior, mas se sendo titular de um curso que lhe permite o acesso ao exercício de uma determinada profissão está, de facto e não de presunção, apto para o fazer. Isso faz-se através da avaliação individual do candidato à profissão, como faz a Ordem dos Advogados. Dá mais trabalho, dá menos protagonismo, mas dá mais garantias!Garantias que seriam acrescidas se o acesso à profissão não estivesse dependente dos interesses corporativos que as ordens profissionais representam mas de um organismo autónomo e independente. Uma coisa tenho por certa, a manter-se, e enquanto se mantiver o processo de acreditação de cursos, como processo de acesso ao exercício de uma actividade, é indispensável que as ordens que os acreditam sejam legalmente tornadas solidariamente responsáveis pelos danos que aqueles profissionais presumivelmente competentes causarem ao consumidor.Mas melhor mesmo é pôr termo a estes processos que claramente lesam o interesse público que supostamente estariam a proteger.
Luciano de Almeida

Comments on "ACREDITAÇÃO DE CURSOS | PRESIDENTE DO IPL"

 

Anonymous Anónimo said ... (segunda-feira, 01 agosto, 2005) : 

As universidades devem ser as primeiras a denunciar as ilegalidades das ordens profissionais e defender os leus licenciados.
Parabens a Luciano Santos Rodrigues de Almeida

 

Anonymous Anónimo said ... (segunda-feira, 01 agosto, 2005) : 

Diogo Corredoura:

Aceitei a tua sugestão e fui consultar o site da APELA.

Não gostei do que li.

Das ACTIVIDADES, onde refere o ACESSO À PROFISSÃO, retirei o seguinte texto:

“ Embora discordando quase por completo com o Regulamento de Admissão, A APELA terá de o ACEITAR COMO UM DADO ADQUIRIDO POR FORÇA DA VONTADE DO ORGANISMO PROFISSIONAL. “


Considero muito grave que uma organização que diz defender os interesses dos estudantes e dos licenciados em arquitectura diga que terá de aceitar o RA, “ POR FORÇA DA VONTADE DO ORGANISMO PROFISSIONAL. “ Isto quer dizer que sobrepõem os interesses do organismo profissional, a OA aos dos licenciados que têm e estão a ser discriminados.

Diogo, foi por isto que estiveste ao lado da OA na conferência de imprensa?

Foi por isto que não foste ao provedor?

O aparecimento deste texto que contrapartidas custa à Ordem? O que te prometeram?


Não é nada que não se desconfiasse já.

De qualquer forma, fica desde já claro que a APELA não representa o universo dos estudantes e licenciados em arquitectura. Muito menos ainda aqueles provenientes de universidades reconhecidas, já que o RA prevê o exame


COMO A APELA AFIRMA QUE TERÁ DE ACEITAR O EXAME COMO UM DADO ADQUIRIDO POR FORÇA DA VONTADE DO ORGANISMO PROFISSIONAL, ESTÁ A REPRESENTAR OS INTERESSES DA ORDEM E NÃO OS DAQUELES LICENCIADOS EM ARQUITECTURA QUE ELA ESTÁ A DISCRIMINAR.

DEPOIS DISTO NENHUM LICENCIADO POR UMA UNIVERSIDADE RECONHECIDA SE SENTE REPRESENTADO PELA APELA.

 

Anonymous Anónimo said ... (segunda-feira, 01 agosto, 2005) : 

Eu também li. Tá na página 12.

Os apóstolos também eram 12 e havia um que era o Judas. Vendeu Jesus por trinta dinheiros.

Há uma frase engraçada que diz: ROMA NÃO PAGA A TRAIDORES.

Como a Ordem não cumpre nada do que diz, AINDA PODE SER QUE LHES ACONTEÇA ISSO.

 

Anonymous Anónimo said ... (terça-feira, 02 agosto, 2005) : 

“ Embora discordando quase por completo com o Regulamento de Admissão, A APELA terá de o ACEITAR COMO UM DADO ADQUIRIDO POR FORÇA DA VONTADE DO ORGANISMO PROFISSIONAL. “
looooooool
Onde é que isso está escrito ?

 

Anonymous Anónimo said ... (terça-feira, 02 agosto, 2005) : 

Está no site:www.apela-pt.com

abres " CALENDÁRIO DE ACTIVIDADES PARA 2005 " e vais ler na página 12 O 2º parágrafo de " ACESSO À PROFISSÃO ". Tá.

 

Anonymous Anónimo said ... (terça-feira, 02 agosto, 2005) : 

Recordam-se a quem foi recentemente atribuída a condecoração da Ordem da Liberdade?
Helena Roseta, não?

Helena Roseta = traidora!
Helena Roseta = duquesa de Mântua;
Correligionários = Miguel de Vasconcelos.

Estamos em 2005 e qualquer relação com a restauração de 1640 é pura coincidência.

 

Anonymous Anónimo said ... (terça-feira, 02 agosto, 2005) : 

Apto ou nao Apto...eis a questao!?

esta simples palavra è muito importante, porque muda substancialmente a vida de uma pessoa...

exemplo n°1:
ordem dos arquitectos portugueses
- esta condiçao simplesmente nao existe, os recem-licenciados PORTUGUESES nao tem o direito de estar APTOS para se inscrever (atençao nao "entrar" mas sim inscrever) numa organizaçao profissional.
os recem-licenciados sao obrigados a inscrever-se por causa do actual processo de admissao que muda constantemente.
Quem estudou, quem tem estagio ou quem fez exame ( com igualdade para todos) deveria estas APTO para se inscrever e nao deveria ser OBRIGADO a inscrever-se!!!!

exemplo n°2:
Ordens dos arquitectos Europeias
-os recem-licenciados NAO sao obrigados a inscrever-se numa organizaçao profissional porque existe bom senso!!
Quem estudou, quem tem estagio ou quem fez exame ( com igualdade para todos) fica APTO para se inscrever mas NAO è obrigado a inscrever-se com medo que o processo de admissao mude.

Bom senso...è o que nos falta!

...Os bons exemplos dos outros Paises nao nos servem, preferimos os exemplos descriminatòrios, como o Nazismo, etc...

Pequenos somos, pequenos seremos...

 

Anonymous Anónimo said ... (terça-feira, 02 agosto, 2005) : 

Espero que essa resposta do Presidente da Assembleia da República saia "cá para fora" depressa, já que o Provedor deve estar de férias!

 

Anonymous Anónimo said ... (terça-feira, 02 agosto, 2005) : 

Diogo:

Dentro ou fora do contexto comenta a frase seguinte:

- " a APELA terá de o aceitar como um dado adquirido por FORÇA DA VONTADE DO ORGANISMO PROFISSIONAL"

Não percebo a coerência das tuas intervenções.

 

Anonymous Anónimo said ... (terça-feira, 02 agosto, 2005) : 

Diogo:

Dentro ou fora do contexto comenta a frase seguinte:

- " a APELA terá de o aceitar como um dado adquirido por FORÇA DA VONTADE DO ORGANISMO PROFISSIONAL"

Não percebo a coerência das tuas intervenções.

 

Anonymous Anónimo said ... (terça-feira, 02 agosto, 2005) : 

"PS - Será que os "iluminados" que tanto odeiam a APELA sabem qual foi a reacção da OA ao comunicado que esta publicou após a conferência de imprensa?"

Olá Diogo, tenho acompanhado vivamente os teus comentários ao longo des te blog, são coerentes e não tens de provar nada a quem te conhece bem, no entanto espanta-me o modo como generalizas certos comentários que te fazem alguns colegas, deixando em suspense frases como a que escreves-te em epigrafe, gostaria que se tens conhecimento de mais informações as tornasses públicas, ainda estou a aguardar a proposta que a APELA tinha para o sistema de admissão à OA, podias colocar no vosso site seria interessante.

Cumprimentos e continuação de bom trabalho

 

Anonymous Anónimo said ... (quarta-feira, 03 agosto, 2005) : 

Conheço o Diogo há algum tempo, desde o inicio das andanças nesta guerra com a AO. Desde o fim de semana de Monchique, em 2001, de onde saíram as primeiras palavras escritas contra este processo das admissões.
O Diogo foi das pessoas que mais fez por esta causa, começando pela renuncia à “obrigatoriedade” de fazer os exames e os estágios.
Fez mais do que a maior parte dos colegas terá algum dia oportunidade de fazer. Há muita gente que escreve para este blog que nunca fez nada além disso. Até agora o que fizeram foi ir, de rabinho entre as pernas, fazer os exames, os estágios, etc., depois fazem grande estrilho para se mostrarem ocupados. Mas nos próximos exames, se as condições se mantiverem como estão, estão lá caídinhos outra vez a prestar vassalagem à "odiada" Heleninha.
Diogo, realmente não tens de provar nada. Se há coerência nos actos será nos teus. Sempre lutas-te por esta causa e tu é que defines a tua maneira de lidar com o problema. Bem hajas.
FBR

 

Anonymous Anónimo said ... (quarta-feira, 03 agosto, 2005) : 

"Não lhe compete à ordem estar a fazer provas académicas, saber se os cursos ensinaram aquela matéria, isso não é o nosso problema" citação de Helena Roseta

Esta senhora é mentirosa e promete que vai resolver o problema e nada faz para isso, ainda hoje não acredito como foi possivel escolher Helena Roseta para presidente da OA, será que os membros da OA não percebem que a senhora deve imensos favores politicos e quando é assim não se consegue fazer nada pelos arquitectos e pela arquitectura em Portugal.

Querem entrar no intimo da senhora e perceber com quem se andam a meter?

http://semiramis.weblog.com.pt/arquivo/2005/01/despesa_insultu.html

"Chegou a bastonária apenas porque era uma figura política.
Ainda por cima de um Ordem que só certificou as 2 faculdades oficiais, onde os membros da Direcção são catedráticos, e a Lusíada, onde os mesmos também dão aulas.
E o que se passa na Ordem é um escândalo. Claro que como a Roseta não percebe népia de arquitectura, limita-se a assinar de cruz aquilo que os "senhores professores arquitectos" lhe põem debaixo do nariz."

QUE MISÉRIA É ESTE NOSSO PAIS

 

Anonymous Anónimo said ... (quarta-feira, 03 agosto, 2005) : 

Colega que dizes que “(...) ainda hoje não acredito como foi possível escolher Helena Roseta para presidente da OA (...).

Por dois motivos: Incompetência dela e incompetência de quem a escolheu!

Para poder reinar, um (uns) incompetente precisa de escolher outro mais incompetente que ele (eles), que lhe obedeça, que lhe seja submisso.

Helena Roseta é uma fantoche, cínica, mentirosa mas fantoche.

A Ordem está tomada por interesses cinzentos, muito cinzentos...Como quase tudo neste país...

 

Anonymous Anónimo said ... (quarta-feira, 03 agosto, 2005) : 

Ouvi hoje nas notícias: Helena Roseta acusa José Sócrates e Mário Soares de "falta de lealdade e transparência"!!!

HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAAHHAHAHAHAHAHAHAHAHAAAAAHHHHHHAAAAHHHHHAAAAHHHHHHHHHHHHHHAAAAHHHAHAHA!!!

"FALTA DE LEALDADE E TRANSPARÊNCIA"!!!

Só dá para rir.

 

Anonymous Anónimo said ... (quarta-feira, 03 agosto, 2005) : 

Meu caro Bipri:
Neste momento, e para se poder modificar algo em relação à atitude oficial da APELA, para que a sua política seja mais "vigorosa" parece-me então que basta uma Assembleia Geral em que essas medidas sejam aprovadas. Faça-se então a Assembleia Geral e apele-se a todos para que compareçam para assim se aprovarem as medidas "vigorosas"

 

Anonymous Anónimo said ... (quarta-feira, 03 agosto, 2005) : 

Pessoal se querem um conselho não percam tempo com migalhas.

 

Anonymous Anónimo said ... (quarta-feira, 03 agosto, 2005) : 

Apela? O que é isso? isso existe? Junta pessoas ou é só um nome para usar quando dá jeito ter ao lado alguém que diga que representa os estudantes e os licenciados de arquitectura?

Todos juntos secalha não enchem uma Capela, que era como se queriam chamar.

 

Anonymous Anónimo said ... (quinta-feira, 04 agosto, 2005) : 

Vocês não veêm que estas bocas à APELA são do pessoal da OA a querer destabilizar-nos.
Deixem-se disso, não percam tempo que esse é nosso.
FBR

 

Anonymous Anónimo said ... (quinta-feira, 04 agosto, 2005) : 

Diogo, foi exactamente isso que eu escrevi no comentário de 4ª feira:
"Helena Roseta diz que candidatura de Soares não é saudável",.... este é o título de um artigo de opinião do Jornal Público.

Pois nesse artigo experimentem trocar "...candidatura de Soares..." por "Ordem dos Arquitectos" ou "Regulamento de Admissão" e vão ver que a Lenita tem razão!

 

Anonymous Anónimo said ... (quinta-feira, 04 agosto, 2005) : 

Diogo:

Já agora, quem são neste momento as 5 magnificas.

Também gostaria de saber: - se for convocada uma manifestação poderemos contar com essas associações? Se sim então gostariamos de saber aproximadamente com quantos alunos poderemos contar para se manifestarem contra a discriminação dos exames.

Obrigado.

 

Anonymous Anónimo said ... (sexta-feira, 05 agosto, 2005) : 

Ó diogo!

tu és um lirico meu.

 

Anonymous Anónimo said ... (segunda-feira, 08 agosto, 2005) : 

Será que não entendem que estas bocas são de pessoal da Ordem a tentar por-nos uns contra os outros.
Deixem-se disso. Há que focar o problema de fundo, o nosso problema. Deixem de atacar quem está a fazer algo por esta causa.
Ao menos o "Valha-nos Deus" era engraçado.
FBR

 

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